Mãe compartilha como ela e o marido pegaram dinheiro emprestado para voar de Executiva com o bebê

Pegar dinheiro emprestado para férias é mais comum do que muitos imaginam. Uma mãe compartilhou no TikTok a história de como ela e seu marido pediram dinheiro emprestado para poderem ir de férias com o bebê – voando em classe executiva. Ela afirma que pegaram dois empréstimos em um ano para poderem viajar e que não se arrependem de forma alguma.

Eles estão fazendo isso porque sentem que vão se arrepender de não terem viajado quando eram jovens, e porque voar em classe executiva os motivará. O assunto, no entanto, resultou em opiniões mistas dos usuários das redes sociais.

“Nós pegamos emprestados $2,000 de nossos pais para financiar nossas férias na classe executiva. Este ano nós já pegamos dois empréstimos para férias e não nos arrependemos de forma alguma. Muitas pessoas nos julgam por isso e contam nosso dinheiro, mas eu acho que essa é apenas a nossa decisão, já que meu marido já assinou um acordo com um bom salário, de acordo com o qual podemos fechar dois empréstimos e dar parte do dinheiro aos nossos pais”, disse a mulher.

“Pegamos a classe executiva para sentir como podemos viver confortavelmente e lutar por isso. Eu simplesmente estou encantada com o atendimento. Assim que embarcamos no avião, foram imediatamente nos ofereceram drinks e bons lanches. Também foram entregues kits de viagem com cosméticos e comida e brinquedos para o nosso bebê. O assento reclinava completamente para uma posição deitada e eu não queria parar o voo de seis horas. Mesmo se nunca repetirmos essa viagem, ela ficará em nossa memória”, seguiu a jovem na publicação.

No caso brasileiro, onde cerca de 78% das famílias estão endividadas, sendo que 28% estão inadimplentes, sendo o segundo um percentual elevado, tomar dinheiro emprestado para viajar deve ser uma decisão tomada com cuidado.

Uma possibilidade é a suavização de renda. Talvez a pessoa esteja esperando um dinheiro extra mais para frente, mas faz sentido reservar viagens em antecedência, caso haja uma oferta “imperdível” da passagem ou pacote.

Assim, pode fazer sentido tomar emprestado para pagar a viagem agora, considerando que mais para frente o aumento no preço se elevará num percentual acima dos juros pagos ao credor (por exemplo, ao banco). Nesta história, o marido está prestes a poder pagar pela viagem e pagar o empréstimo com base no seu novo emprego.

De qualquer modo, se endividar diante de uma incerteza sobre a capacidade de pagamento e visando apenas voar na Classe Executiva, poderia ser um tiro errado, jogando o viajante nas estatísticas de inadimplência a atrapalhando muitos outros planos de futuras viagens.

O casal da história pegou dinheiro com a família, então também tem menos risco de um cobrador ligar ou bater à porta, mas nem todo mundo tem essa mesma oportunidade.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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