As maiores companhias aéreas chinesas conseguiram reduzir significativamente suas perdas em 2023. O valor total caiu para 13,4 bilhões de yuans (US$ 1,8 bilhão), uma queda expressiva em comparação aos 108,7 bilhões de yuans (US$ 15,3 bilhões) de 2022. Esses dados advêm da análise dos relatórios financeiros das companhias aéreas, divulgada pelo portal de notícias Yicai Global.
O prejuízo líquido da Air China em 2023 diminuiu 97%, alcançando 1 bilhão de yuans (cerca de US$ 141 milhões). Contudo, a receita aumentou 167% no comparativo anual, totalizando 141,1 bilhões de yuans (US$ 19,9 bilhões).
As companhias China Eastern Airlines e China Southern Airlines também tiveram suas perdas reduzidas para 8,2 bilhões de yuans (US$ 1,1 bilhão) e 4,2 bilhões de yuans (US$ 592,3 milhões), respectivamente. Esses números representam uma diminuição de 78% e 87%.
Simultaneamente, a receita dessas companhias aumentou significativamente, atingindo 113,7 bilhões de yuans (US$ 16 bilhões) para China Eastern Airlines e 159,9 bilhões de yuans (US$ 22,5 bilhões) para China Southern Airlines.
A Administração de Aviação Civil da China projeta que as transportadoras aéreas do país devam lucrar este ano – previsão compartilhada pelas três maiores companhias aéreas chinesas. No entanto, especialistas apontam que esse cenário pode ser desafiador, especialmente no terceiro trimestre, devido à baixa demanda por voos registrada no mesmo período de 2023.
As viagens internacionais de passageiros atualmente correspondem a apenas 38% do nível pré-pandemia. Como consequência, muitas aeronaves de fuselagem larga, de longo curso, foram redirecionadas para rotas domésticas, impactando as tarifas. Ao passo que diversas companhias aéreas estrangeiras relataram lucros em 2023, dada a suspensão mais cedo das medidas anticovid em outros países em relação à China.
