Apesar da grave crise econômica, a Argentina decidiu voltar a ter um grande jato presidencial do modelo Boeing 757-200.
O crédito para compra foi autorizado pelo governo de Alberto Fernández, que tem sido criticado pela condução econômica do país, que acumula inflação de quase 100% apenas neste ano de 2022.
O governo anterior, de Maurício Macri, havia vendido outro Boeing 757-200, matriculado T-01 (“Tango Uno”). Macri pregou que o presidente não precisava usar jatos executivos e, para viagens internacionais comprava passagem em classe executiva, usando apenas um 737 para voos domésticos ou para países vizinhos.
A compra atual será de um jato usado, já que a Boeing não fabrica mais o 757. Para isso, foi aprovado um financiamento de $25 milhões de dólares a serem pagos em 10 anos pelo governo. A parte que levantou polêmica, no entanto, não reside no valor do avião, mas em sua manutenção e nas viagens, que geralmente são custosas.
Segundo o jornal La Nacion, o novo “Tango Uno”, como é chamado o avião presidencial argentino, terá capacidade para 39 passageiros, e o governo considera uma boa compra já que será usado “pelos próximos 30 anos, podendo ser usado por até 8 presidentes diferentes”.
Cabe ressaltar que o Boeing 757 é um projeto do início dos anos 1980 e a última aeronave foi produzida em 2004, sendo que daqui 30 anos, em 2052, o mais novo jato desse modelo teria 48 anos de idade, sendo bastante improvável que um avião deste porte ainda esteja voando devido ao alto custo de manutenção e dificuldade para conseguir peças.
