A medida que a privatização da TAP Air Portugal continua a ser postergada novamente, ocorreu um leve atrito entre o governo e a administração da companhia aérea portuguesa.
Vários prazos já foram passados para que a empresa seja privatizada novamente, mas de maneira diferente do que foi feito no passado, onde o brasileiro David Neeleman comprou quase metade da empresa através da Azul Linhas Aéreas, em parceria com um empresário português do setor de ônibus (os chamados autocarros em Portugal).
Com a Pandemia do Coronavírus e devido à, vários desentendimentos entre a parte privada e a parte estatal da empresa, o negócio foi desfeito e a TAP foi reestatizada em 2020. O plano era para que a empresa fosse privatizada na segunda metade de 2023, depois postergado para 2024, e agora para 2025.
Neste sentido, ontem o CEO da TAP, Luís Rodrigues, falou ao Financial Times sobre como anda o processo de reprivatização, e afirmou que “A minha recomendação seria que o Governo português mantivesse uma posição, fizesse parte de todo o processo de desenvolvimento”, destacando a necessidade da empresa ser de economia mista, e também atrair investidores que não sejam companhias aéreas, como foi no passado e hoje são a principal aposta de compradores.
Só que o Ministro da Infraestrutura de Portugal, Miguel Pinto Luz, não gostou dessa sugestão do CEO e informou ao jornal SIC Notícias que “Eu concordo que o presidente da TAP se deve focar na gestão da TAP e não se imiscuir em problemas que são do acionista. […] A TAP bem precisa de boa gestão. E, nesta altura, é isso que cada um deve desenhar o seu papel, com responsabilidade”, disse o político.
O plano do governo português sempre foi vender uma fatia da empresa, deixando ainda o controle majoritário com o Reino de Portugal e com os funcionários, mas num futuro não distante, transferindo a empresa de maneira completa para a administração privada.
