O executivo Theunis Crous, novo CEO interino da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, planeja revisar as parcerias existentes da companhia aérea com os fabricantes de aeronaves e empresas de leasing como parte de um novo plano estratégico para a transportadora de propriedade estatal até 2030.
Crous disse à agência de notícias Lusa que continuará a revisar os ativos da companhia aérea deficitária e supervisionará sua reestruturação financeira, ao mesmo tempo implementando a visão do governo moçambicano para o crescimento da empresa.
“Vamos revisar as parcerias estratégicas com Boeing, Bombardier Aerospace, Embraer e De Havilland Aircraft of Canada”, disse ele, acrescentando que o mesmo seria feito com empresas de leasing de aeronaves.
“Vamos trabalhar na criação do plano estratégico 2025-2030, renovando e padronizando a frota, e consolidando as novas rotas internacionais Maputo-Lisboa e Maputo-Cidade do Cabo”, disse ele, adicionando que a expansão das rotas domésticas, regionais e intercontinentais também é um objetivo-chave.
Crous substituiu o ex-gerente geral João Po Jorge, que foi destituído pelo conselho da LAM em 28 de fevereiro após o escritório anticorrupção de Moçambique lançar investigações sobre alegações de que houve um desvio de 3 milhões de euros em vendas de passagens através de terminais de pagamento automáticos que não pertencem à LAM, e sobre a gestão da frota da companhia aérea.
O executivo Crous lidera simultaneamente a corretora sul-africana Fly Modern Ark (FMA), que preside uma comissão nomeada pelo governo para supervisionar a reestruturação da LAM. O contrato anual da FMA vem para renovação em 30 de abril de 2024, coincidindo com o mandato interino de Crous para liderar a LAM.
A LAM atualmente opera um Boeing 737-700, alugado da Aergo Capital; três DHC-8-Q400 alugados; três EMB-145MP usados pela subsidiária MEX – Mocambique Expresso; e dois CRJ900 arrendados da CemAir.
A companhia aérea serve 12 destinos domésticos e, regionalmente, voa para Joanesburgo e Cidade do Cabo (África do Sul), Dar es Salaam (Tanzânia), Harare (Zimbábue) e Lusaka (Zâmbia), sendo Lisboa seu único destino intercontinental.