MPF solicita execução de sentença para Fiscalização Ambiental na região do Aeroporto de Florianópolis (SC)

Aeroporto Internacional de Florianópolis – Imagem: Zurich Airport Brasil

Nesta terça-feira (14), o Ministério Público Federal (MPF) informou que pediu à Justiça a execução da sentença que determina a fiscalização e o cumprimento das condições e das medidas mitigadoras e compensatórias previstas no licenciamento ambiental do acesso ao Aeroporto Internacional de Florianópolis, em Santa Catarina.

A decisão, que resulta de uma ação civil pública movida pelo MPF, foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e se tornou definitiva, não havendo mais possibilidade de recurso.

De acordo com o MPF, a ação foi movida contra o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Estado de Santa Catarina. O novo terminal do aeroporto foi inaugurado em 2019.

A sentença foi mantida pelo Tribunal da 4⁠ª Região, determinando o cercamento da área remanescente de manguezal e a sinalização ostensiva da restrição de ocupação do local protegido pela legislação ambiental, com advertência sobre os crimes previstos para supressão de vegetação, intervenção e construção.

Ficou determinado também que o Estado de Santa Catarina deverá promover a segurança patrimonial e ambiental da área, evitando novas intervenções lesivas.

A execução da sentença é fundamental para assegurar que as medidas mitigadoras e compensatórias estabelecidas no licenciamento do aeroporto sejam cumpridas à risca. A reserva Pirajubaé tem sofrido graves impactos devido à ocupação ilegal, resultando na perda de vegetação e no recebimento de esgoto in natura das construções irregulares. Precisamos agir com urgência para garantir a proteção da unidade de conservação”, ressalta a procuradora da República Analúcia Hartmann, autora da ação.

Na manifestação pelo cumprimento de sentença, o MPF também pediu a execução do pagamento, pelo Estado, de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 500 mil. A quantia deverá ser direcionada ao ICMBio ou ao conselho da Reserva Extrativista da Costeira do Pirajubaé, para ações de recuperação de áreas degradadas, educação ambiental e combate à poluição na região do manguezal do Rio Tavares.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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