Mulher que alega ter sido expulsa de voo por estar em roupa masculina e sem sutiã pede audiência com o CEO

Lisa Archbold, da Nova Zelândia, que afirma ter sido temporariamente removida de um voo da Delta Air Lines por vestir-se como um homem (usando uma camisa de baixo sem sutiã), agora exige uma reunião com o CEO da empresa, Ed Bastian. Apesar de a Delta já ter pedido desculpas à passageira, o seu advogado afirma que isso não é suficiente.

Archbold, que estava voando pela Delta de Salt Lake City para São Francisco em 22 de janeiro de 2024, afirma que foi abordada por um funcionário da companhia aérea no avião e depois convidada a sair da aeronave. Archbold pensou que seria questionada sobre as garrafas de vodca que transportava em sua bagagem despachada. No entanto, foi esclarecido que a questão estava relacionada à sua vestimenta – ela estava com uma camisa de baixo sem sutiã.

A advogada Gloria Aldred, que a representa, criticou a Delta: “Os passageiros masculinos não são obrigados a cobrir suas camisetas com uma camisa ou um casaco. Eles também não precisam usar sutiã para embarcar ou permanecer em um avião e as mulheres também não deveriam ter que usar um. Na última vez que verifiquei, o Talibã não está no comando da Delta.”

Como informa o Live and Let’s Fly!, Archbold e seu advogado defendem a questão como uma de igualdade de gênero e direitos, argumentando que, como homens não são obrigados a usar sutiãs, as mulheres também não deveriam ser.

O contrato de transporte da Delta permite a remoção de passageiros se “a conduta, a vestimenta, a higiene ou o odor do passageiro criar um risco irracional de ofensa ou incômodo para outros passageiros”. A comissária teria defendido que Archbold estava violando essa política ao usar uma camisa sem sutiã, diz a advogada.

Embora ainda não há planos para um processo judicial, Archbold e sua advogada continuam buscando uma reunião com o CEO da Delta Air Lines para discutir o incidente e os direitos das mulheres na aviação.