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Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, setor aéreo do Brasil destaca suas iniciativas pela sustentabilidade

Imagem: Paulo Paiva / ABEAR

Nesta segunda-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) destaca que o setor aéreo brasileiro tem diversas iniciativas que contribuem com a preservação do meio ambiente, entre elas a redução das emissões de carbono, utilização de energia limpa e reciclagem de lixos em aeroportos.

E a própria Associação também está comprometida com o avanço em outros temas, como a produção em larga escala de combustível sustentável de aviação (SAF) no Brasil, uma vez que este combustível representa 65% do conjunto de medidas para zerar o saldo líquido das emissões do setor aéreo até 2050.

A presidente da ABEAR, Jurema Monteiro, comenta que a Associação tem como um de seus pilares a sustentabilidade e que, ao longo de pouco mais de uma década, contribuiu com discussões e apoiou diversas iniciativas com esse viés, como, por exemplo, na participação no subcomitê do ProbioQAV, iniciativa do Ministério de Minas e Energia dentro do Programa Combustível do Futuro que tem como objetivo criar políticas para o desenvolvimento do combustível sustentável no Brasil.

“Estamos sempre com este olhar atento sobre o tema e defendemos a produção competitiva de combustíveis sustentáveis no País, que é fundamental para o alcance das metas de redução de emissão de CO2 pelo transporte aéreo brasileiro”, afirma a presidente.

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, para alertar sobre a importância da preservação ambiental.

Confira abaixo algumas iniciativas do setor sobre o tema:

Novas rotas, menos emissões

O trabalho colaborativo entre a ABEAR e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), dentre outros participantes, para otimização de rotas no espaço aéreo, rendeu, de janeiro a novembro de 2022, uma economia de 35,8 milhões de litros de querosene de aviação (QAV). Também foi possível uma redução de emissão de 92,7 milhões de kg de CO2 na atmosfera.

Desde 2020, essa parceria permitiu a criação de 271 rotas opcionais, sendo 145 apenas no ano passado. São rotas mais diretas entre a origem e o destino, o que resulta na economia de combustível e na redução de emissão de CO2.

Aviões novos e consumo menor

A aviação brasileira é reconhecida por possuir uma das frotas mais jovens do mundo. Assim como os automóveis, que costumam ser mais econômicos com o passar dos anos e evolução dos modelos, o mesmo acontece com as aeronaves. Aviões mais novos consomem menos combustível e, consequentemente, emitem menos gases poluentes.

Voos realizados com biocombustível

Mesmo sem uma escala competitiva de produção de bioquerosene no país, as empresas aéreas realizam com frequência voos em que todo o combustível utilizado na rota é sustentável. Em muitos voos o passageiro pode também adquirir passagens que incluem taxa de compensação do CO2 emitido no trajeto.

Primatas, pássaros e até onça a bordo

As companhias aéreas brasileiras transportam com frequência animais como macaco, urubu, arara e até onça-parda em voos. Esses transportes são fruto de parcerias das empresas com entidades como ONGs, zoológicos e institutos, que cuidam, por exemplo, da reabilitação de animais, da soltura em habitat natural ou da reprodução de espécies em extinção.

Menos plástico

Dentro dos aviões as companhias aéreas se preocupam com outra questão: o lixo gerado a cada voo. Para isso, as empresas vêm reduzindo o uso de plásticos e preferindo, por exemplo, a utilização de copos de papel e materiais feitos a partir de cana-de-açúcar, garrafas PET e bambu, por exemplo.

Aeroportos sustentáveis

Diversos aeroportos brasileiros se destacam por medidas sustentáveis. O de Salvador, por exemplo, conta com usina de energia solar. Maringá, no Paraná, receberá uma em breve. Os aeroportos de Santos Dumont (RJ), Goiânia, São Luís e Salvador são alguns dos exemplos de aeródromos que reaproveitam água da chuva. Dezenas de aeroportos brasileiros também reciclam 100% dos resíduos sólidos. E geradores, antes abastecidos por diesel, estão sendo alimentados por gás natural.