Um Workshop está sendo promovido, desde ontem, 13 de junho, até esta quarta-feira, em São Paulo, pelo Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), para apresentar às companhias aéreas, nacionais e internacionais, a ferramenta Digital Airspace System Analysis (DASA).
Segundo descreve o DECEA, as empresas poderão, por meio desse sistema, solicitar a criação de novas rotas aéreas, mais diretas, econômicas e mais funcionais para os passageiros.
O DASA reúne todas as informações e funcionalidades para que o CGNA e os órgãos regionais do DECEA analisem a viabilidade das rotas solicitadas. O sistema, desenvolvido pela Assessoria de Transformação Digital do DECEA, estará disponível para a comunidade aeronáutica a partir de agosto deste ano.
Atualmente, as solicitações de rotas aéreas são feitas por e-mail e analisadas através de sistemas terceirizados. A concentração das informações no sistema DASA vai conferir maior precisão e agilidade ao processo.
O Chefe da Seção Espaço Aéreo do CGNA, Primeiro-Tenente Eduardo Henrique Veríssimo dos Santos, ressaltou a importância deste novo produto, pois servirá como exemplo para implementação de rotas mais econômicas em toda a América do Sul.
“A colaboração de todos os participantes será de suma importância para o aperfeiçoamento e desenvolvimento desta nova ferramenta, que atendará às demandas dos usuários, bem como dos prestadores de serviço de tráfego aéreo do Brasil”, afirmou.
Entenda a criação das rotas aéreas
Rotas aéreas são tipos de corredores virtuais que delimitam a trajetória e a altitude nas quais as aeronaves devem seguir em um determinado espaço aéreo. Tratam-se de “aerovias”, que possibilitam o piloto a conduzir o voo com segurança e precisão, utilizando os equipamentos de navegação.
O DECEA, por meio de suas unidades subordinadas, como o CGNA e o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), é responsável pela criação dessas rotas.
Desde o início da pandemia da COVID-19, o CGNA tem trabalhado na criação de rotas opcionais, mais rápidas e econômicas, como forma de contribuir logisticamente com as companhias aéreas, que tiveram impactos econômicos com a queda de passageiros.
Desde então, foram criadas quase 300 rotas opcionais, dentre as quais mais de 70 se tornaram rotas permanentes e foram incluídas nas cartas de navegação produzidas pelo ICA, por meio do Projeto Eficiência.
A otimização das rotas proporciona redução no tempo de viagens e a economia de combustíveis. O DECEA estima que, desde 2020, as empresas tenham deixado de emitir mais de 90 milhões de quilos de gás carbônico na atmosfera graças a esse trabalho.
