Novo acordo entre China e Estados Unidos ampliará limite semanal de voos entre as nações

Imagem: ArturVerkhovetskiy via Depositphotos

Um marco nas relações bilaterais entre os Estados Unidos e a China foi anunciado na noite de sexta-feira (11) pelo Departamento de Transportes (DOT). Ambos os países chegaram a um acordo que dobrará o limite semanal de voos entre suas nações, promovendo uma retomada gradual das operações aéreas intercontinentais.

Após a notícia se espalhar, a United Airlines imediatamente aproveitou a oportunidade para reforçar suas conexões com a China. A companhia aérea declarou que pretende voltar com os voos de São Francisco para Pequim e ampliar o serviço para Xangai, transformando-o em uma oferta diária. Essa iniciativa marca um passo importante na retomada dos serviços aéreos internacionais que foram profundamente impactados pela pandemia global.

A partir de 1º de setembro de 2023, o DOT permitirá a operação de 18 voos de ida e volta entre China e Estados Unidos semanalmente. Em um próximo passo, a partir de 29 de outubro, esse número aumentará para 24 voos semanais. Essa expansão representa um marco crucial para o setor de aviação, que sofreu uma significativa redução de capacidade desde o início da pandemia em 2020.

As restrições impostas por Pequim às companhias aéreas internacionais foram uma resposta inicial para conter a propagação da COVID-19. As companhias aéreas dos Estados Unidos também enfrentaram sanções recíprocas, levando a uma redução drástica na capacidade de voos entre os dois países.

Mesmo com o relaxamento das restrições de viagem por parte da China, no início deste ano, a relação diplomática entre os governos dos EUA e da China esteve tensa no lado comercial, criando um obstáculo adicional para a retomada completa dos serviços aéreos.

O DOT, ao justificar a abordagem gradual, afirmou: “A reabertura cuidadosa e gradual do mercado de transporte aéreo entre os EUA e a China serve ao interesse público, garantindo uma normalização ordenada dos serviços e fortalecendo o relacionamento de aviação entre ambos os países, conforme estipulado pelo Acordo“. O departamento enfatizou ainda que seu principal objetivo é estabelecer um ambiente no qual as transportadoras de ambas as nações possam competir de maneira equilibrada e justa.

O governo Biden salientou que o “impacto negativo” das restrições de viagem adotadas durante a pandemia continua a influenciar a necessidade de um retorno gradual à normalidade nos serviços aéreos entre EUA e China.

Essa notícia traz um sopro de otimismo para a indústria da aviação internacional, à medida que as viagens intercontinentais gradualmente retomam seu ritmo pré-pandêmico, impulsionadas por acordos bilaterais e o progressivo controle da crise sanitária global.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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