A Latam Airlines, companhia aérea líder na América Latina, enfrenta atualmente um inquérito antitruste da Procuradoria Nacional Econômica do Chile. Esta investigação visa analisar se o novo sistema de vendas da empresa afeta as agências de viagens, as quais acusam que o custo da implementação da nova plataforma é de cerca de 300 mil dólares.
Este caso não teve grandes avanços nos últimos 3 anos, o qual teve início em uma denúncia anônima entregue à FNE da Chile. Entretanto, o surgimento de uma demanda anterior na qual a Associação Chilena de Empresas de Turismo (Achet) acusou práticas anticoncorrenciais da companhia fez a investigação ganhar ímpeto.
Em Julho deste ano, a equipe responsável pela Divisão Antimonopólio e liderada por Gastón Palmucci iniciou um processo de recolhimento de informação ao enviar ofícios a todas as empresas de viagens de turismo para saber mais detalhes sobre o polêmico novo sistema de vendas da Latam, chamado de Nova Capacidade de Distribuição (NDC).
Cita o El Economista que a FNE tenta construir um quadro que relacione a implementação desta plataforma de vendas pela América Latina com outros fatores. Estes servirão como base para uma possível ação de regulação ou não. No entanto, a equipe apura quais os motivos que levaram ao desenvolvimento desta nova ferramenta.
Dentro do processo de aferição de dados, a FNE realiza reuniões com as empresas para entender sobre como funcionava o sistema de venda antes e como opera atualmente. Estas perguntas são dirigidas a empresas de viagens com a promessa de sigilo. Aparentemente, as agências obrigaram-se a assumir as despesas com a implementação da nova tecnologia, para além de mais elementos com intuito de instalação da infraestrutura.
As empresas argumentam que o custo desta aquisição representa uma forte pressão num momento em que a queda de demanda afeta a sua quota de mercado.
Segundo uma associação de empresas, se optar pela compra por meio desta tecnologia, a agência terá de pagar a taxa de utilização. Por outro lado, se recorrem ao sistema habitual, há multa e, por outro, se optarem por visitar diretamente o site da companhia aérea, não há benefícios.
A Latam alega que pagava muito caro a emissão de passagem com o anterior fornecedor de tecnologia do GDS e isso teria motivado a mudança;
