Os operadores de Boeing 777 estão sendo instruídos pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) a substituir componentes limitadores de força, os quais podem impedir que o manche de um piloto seja liberado no caso do manche do outro piloto travar.
Os manches de controle do 777 são sincronizados e, se um dos manches travar, a aplicação de forças no outro manche permite aos pilotos manterem o controle lateral. No entanto, no ano passado, a FAA foi informada que certos conjuntos de limitadores de força não estavam atuando dentro dos requisitos máximos de força de design.
A Boeing rastreou esse problema até o inibidor de corrosão usado durante a montagem do limitador de força, o que resultou no aumento da força de ruptura. Por isso, a FAA está instruindo os operadores, em uma diretiva efetiva a partir de 7 de março, a substituir os conjuntos limitadores de força superiores e inferiores afetados, conforme especificado em um boletim da Boeing de outubro de 2021.
Vários operadores — entre eles All Nippon Airways, China Airlines, FedEx, Swiss e United Airlines — expressaram preocupação de que os longos prazos de entrega para os conjuntos atualizados dificultariam o cumprimento do prazo de conformidade de 12 meses.
A FAA ressalta que a exigência de substituição se limita aos 777 com números de linha de 1531 a 1707 — aqueles em que os conjuntos suspeitos foram instalados — e as aeronaves em que o conjunto original foi substituído.
Acrescenta que os operadores que não conseguirem cumprir o prazo podem solicitar a aprovação de um meio alternativo de conformidade. A FAA acredita que pouco mais de 350 aeronaves no registro dos EUA são afetadas pela diretiva.
