Paris Airshow 2023 – O Paris Air Show começou oficialmente e, à medida que ganha ritmo, decisões de fabricantes como a Boeing nos ajudam a entender que este evento marca o primeiro retorno ao “velho normal” na indústria da aviação.
A Boeing apresentou sua Perspectiva do Mercado Comercial destacando pontos significativos. Entre eles, a lacuna deixada pela retirada gradual do 757 das frotas não será preenchida por nenhum novo design no curto prazo, conforme noticia o Aviacionline.
“Acreditamos que o 737 MAX 7 e o 787-8 podem cobrir os dois extremos do segmento”, disse Darren Hulst, vice-presidente de marketing comercial da Boeing. “No curto prazo, não vemos necessidade de atender a essa demanda com um novo modelo.”
Além disso, Hulst explicou a previsão de desaceleração no segmento de aviação regional. Ele mencionou que a falta de pilotos levou muitos a deixar o segmento para operar aeronaves maiores e mais econômicas. As operadoras também impulsionam a tendência de operar aeronaves maiores, enfatizando a relação custo-benefício por assento.
“Em última análise, o segmento regional será reduzido a rotas subsidiadas e de interesse público”, disse Hulst. Ele mencionou isso em referência a programas como o US EAS (Essential Air Services) ou similares.
Outro ponto fundamental foi a percepção da Boeing sobre o impacto baixo ou insignificante do cenário pós-pandemia nas projeções de mercado para os próximos 20 anos. “O impacto pós-pandêmico da indústria da aviação não é mais um fator. Voltamos às tendências de crescimento que tínhamos em 2019.”
A Boeing estima que, nos próximos 20 anos, a indústria precisará de mais de 42.000 aeronaves. Eles preveem que 40% dessa demanda será impulsionada por companhias aéreas de baixo custo. Para a América Latina, espera-se que represente 5% do total de novas aeronaves a serem incorporadas.
Além disso, a Boeing prevê que o mercado de aviação comercial se expandirá além do número de aeronaves. Isso se dará por meio da implementação exclusiva de melhorias em tecnologia e produtividade. “Sem a pressão para melhorar esses parâmetros, precisaríamos de mais 8.000 aeronaves”, acrescentou Hulst.
Leia mais: