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Para driblar regra de limite de voos, Qatar Airways pode comprar uma parte de aérea australiana

A persistência por mais voos na Austrália por parte das companhias aéreas árabes pode levar a Qatar a ter uma “filial” no país.

Divulgação

A Qatar, assim como a Emirates, tem limitações de voos para a Austrália devido a acordos bilaterais entre os países árabes e o maior país da Oceania, que não permitem um aumento de voos sem que uma companhia australiana faça o mesmo. A busca um “equilíbrio” e concorrência mais justa, sem ter um domínio de um país ou outro nos voos.

Baseado nisso, foi negada a expansão de voos da Qatar Airways no país, que tinha solicitado mais 21 frequências, além das 28 que ela já faz atualmente.

Nesse contexto, a empresa catariana adotou medidas extremas, realizando até voos fantasmas para poder ter uma frequência extra sem extrapolar o limite dos 28 voos semanais.

No entanto, ainda assim, a Qatar Airways não está satisfeita e pode ter uma oportunidade única. Isso porque a Virgin Australia voltará a ser listada na bolsa em novembro, com um novo IPO a ser feito pelos donos que compraram a empresa em 2020 após ela entrar em recuperação judicial por causa da pandemia.

Atualmente, a Virgin Australia já é parceira da Qatar Airways, abastecendo os voos e distribuindo os passageiros pela Oceania. A própria CEO da Virgin criticou a negativa do governo da Austrália, citando que com menos oferta e demanda crescente, as tarifas sobem.

Agora, segundo o jornal The Australian, a Qatar Airways estaria considerando investir e se tornar um investidor relevante na Virgin, com direito a decisões na companhia numa fatia ainda não definida. Isto mudaria o jogo, já que desde a pandemia os únicos voos de longa duração feitos por aéreas australianas são os da Qantas e Virgin poderia voltar a esse mercado.

Com os futuros investidores da Virgin pressionando o governo e até possivelmente a volta do uso de aviões maiores para realizar estes voos, a Qatar poderia finalmente aumentar sua operação na Austrália, com voos próprios ou da subsidiária. É uma jogada com riscos, mas a Qatar é bem conhecida por tentar ao máximo expandir sua presença global e bate sempre de frente com a concorrência local de cada país.

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