Para finalmente decolar, Mexicana precisará recorrer a Boeing 737 da Força Aérea

O reinício conturbado das operações da Mexicana de Aviación precisa de mais uma ajuda do estado: o uso de aviões da Força Aérea. A empresa, que tinha fechado as portas em 2010 e, inclusive, chegou a ter voos regulares para o Brasil, está sendo revivida pelo governo local após a compra da marca da massa falida.

Inicialmente, a empresa estava programada para estar voando neste final de ano, com jatos Boeing 737 próprios e novos de fábrica. Porém, o Certificado de Operador Aéreo acabou atrasando e a empresa não conseguiu receber os aviões e nem comercializar as passagens.

Após isso, o governo recorreu para uma empresa aérea regional já existente para operar uma aeronave Embraer ERJ-145, de porte bem menor e 1/3 da capacidade do Boeing, até que o certificado saia. Mas este plano também não se concretizou ainda, já que os jatos ERJ-145 não iniciaram as operações comerciais e agora os primeiros voos deverão ser feitos por aviões da Fuerza Aérea Mexicana, a FAM.

Ela já é a administradora direta da Mexicana e deve empregar diretamente dois jatos Boeing 737-800 e um 737-300. Estes aviões já são usados pelo estado para deslocamento de tropas e missões administrativas, e tem grande suporte para o combate ao narcotráfico na parte mais ao norte do país.

Segundo o jornal El Financeiro, o governo culpa o atraso pela “dificuldade de obter aeronaves num mercado com alta demanda”, mas ainda mantém a data inicial de 26 de dezembro, apesar do site da companhia aérea ainda não estar comercializando passagens.

Além disso, a configuração interna dos 737 militares está muito abaixo do padrão utilizado pelas companhias aéreas mexicanas, o que pode causar um afastamento de público.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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