Passageiro diz que foi expulso do voo após se oferecer para ajudar com problemas no avião

Airbus A321 Delta – Imagem: Anna Zvereva, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

Em um incidente recente a bordo de um voo da Delta Air Lines com destino à Jamaica, Bindley Sangster, um passageiro com mais de duas décadas de experiência trabalhando na indústria da aviação, alega ter sido removido do voo sob circunstâncias questionáveis.

Sangster, que serviu na Força Aérea dos Estados Unidos antes de dedicar mais de 20 anos ao setor da aviação, afirma ter sido expulso depois de oferecer ajuda para resolver problemas técnicos no sistema de entretenimento a bordo.

O episódio ocorreu no dia 6 de dezembro, quando o voo enfrentava um atraso na partida. Sangster, voando da Geórgia, nos Estados Unidos, para a Jamaica, ouviu comentários entre os comissários de bordo sobre problemas no sistema de entretenimento.

Aproveitando a oportunidade para contribuir com sua experiência, Sangster ofereceu sua ajuda, gesto que foi prontamente recusado. Apesar de cumprir as instruções para retornar ao seu assento, Sangster decidiu expressar sua frustração sobre o atraso registrando uma reclamação no aplicativo da Delta.

Supostamente, a mesma comissária de bordo que o instruíra a voltar ao seu assento notou Sangster registrando a reclamação. Pouco depois, um agente de aeroporto entrou no avião e orientou Sangster a recolher seus pertences e desembarcar. Embora dois policiais estivessem presentes, ele não foi preso nem acusado. O agente providenciou que o homem pegasse o próximo voo disponível.

Sangster posteriormente moveu um processo em um tribunal do distrito de Atlanta, alegando sofrimento emocional, práticas discriminatórias e aplicação negligente das leis federais. No entanto, a Delta refutou a ação judicial, argumentando que as leis estaduais não se aplicam a voos internacionais.

Segundo o Paddle Your Own Kanoo, que acessou os autos do processo, os representantes legais da Delta argumentam que qualquer ação contra a companhia se enquadra na Convenção de Montreal, uma lei internacionalmente acordada que regula a responsabilidade das companhias aéreas por lesões a passageiros, bem como danos e perdas de bagagem e carga.

A Delta sustenta que a ação de Sangster é legalmente insuficiente sob a Convenção de Montreal, que permite apenas reivindicações por “lesões corporais”. A companhia aérea argumenta que as alegações de Sangster carecem de mérito, já que o incidente não o prejudicou nem o discriminou.

O caso segue em aberto.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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