Há alguns dias, uma cena incomum foi compartilhada por um passageiro no aeroporto de Phuket, na Tailândia, que viu o que seria um avião Boeing 777-300ER da empresa russa Aeroflot com falta de uma peça na asa.
No entanto, rapidamente, um outro usuário do Twitter lembrou que não se tratava, necessariamente, de um problema, ainda que a peça de fato estivesse ausente e o ponto de atenção fosse válido.
O avião, com registro RA-73136, realizava naquele dia 21 de abril o voo SU-275 com destino a Moscou. Enquanto a aeronave, de nove anos, ainda estava estacionada, um viajante alertou para o fato de pelo menos duas peças estarem faltando na parte inferior do bordo de ataque da asa direita, permitindo que partes internas ficassem expostas.
Fotos postadas no Twitter mostraram a situação, mas outro usuário postou uma imagem sugerindo que as peças podem ficar faltando para o voo e ainda assim o avião voar com segurança. Esta configuração seria regulada pela Lista de Desvios de Configuração (CDL), que lista as partes externas que podem faltar para um determinado modelo de aeronave e, ainda assim, garantir um voo seguro.
Actually allowed as per CDL pic.twitter.com/MRjVnb6KZr
— Jur (@Jurrien1) April 21, 2023
A Aeroflot foi contatada pelo site alemão aeroTELEGRAPH para comentar sobre o caso e informou que o voo foi realizado com segurança. Embora os detalhes da autorização para decolagem da aeronave não tenham sido informados, as autoridades de aviação parecem ter dado o seu consentimento.
Apesar de tudo, é importante notar que as empresas aéreas russas não estão conseguindo acessar peças de reposição para as aeronaves ocidentais de suas frotas por conta das sanções que lhes foram colocadas após a invasão na Ucrânia. Desta forma, não seria exagero afirmar que as companhias aéreas da Rússia podem instalar peças de reposição não homologadas num futuro próximo.
