Na última terça-feira (23), um homem de 52 anos, identificado como Juan Remberto Rivas, se declarou culpado perante um tribunal federal, admitindo ter interferido nos afazeres da tripulação de um voo da American Airlines com destino a Washington DC. Ele foi ouvido dizendo que queria “derrubar o avião”, conforme escreveu um agente do FBI em um depoimento para sustentar as acusações criminais.
O incidente ocorreu em 13 de fevereiro de 2022 e ganhou ampla atenção após ser revelado que Rivas havia ameaçado uma comissária de bordo com o que parecia ser uma arma improvisada, forçado a entrada na cabine de comando e tentado abrir uma saída de emergência durante o voo.
Rivas agora enfrenta uma sentença máxima de até 20 anos de prisão, juntamente com uma multa de US$ 200.000. Os eventos dramáticos ocorreram a bordo do Airbus A321neo no voo AA-1775, que teve origem em Los Angeles sem ocorrências iniciais envolvendo Rivas.
Conforme o voo avançava, Rivas, segundo relatos, tornou-se hostil, eventualmente movendo-se para a frente da aeronave e entrando em uma discussão com um dos membros da tripulação. Durante esse tumulto, Rivas admitiu ter criado uma arma improvisada ao colocar talheres de plástico em sua manga, com a qual ameaçou uma comissária de bordo.
A situação escalou ainda mais quando Rivas tentou quebrar uma pequena garrafa de champanhe no balcão e depois avançou em direção à saída de emergência, tentando levantar a alavanca. Foi nesse momento crítico que uma comissária de bordo interveio, usando uma cafeteira de metal para atingir Rivas na cabeça por duas vezes, antes que os passageiros, incluindo um policial de folga, se amontoassem para ajudá-la a contê-lo pelo resto do voo.
Medindo cerca de 1,90 metros e pesando 110 quilos, o passageiro recebeu atendimento médico após ser amarrado. O voo, originalmente com destino a Washington DC, foi desviado para Kansas City, onde as autoridades locais detiveram Rivas.
Além do crime federal de interferência, Rivas enfrenta acusações criminais no condado de Platte por incidentes ocorridos em solo, incluindo uma tentativa de fuga durante a custódia policial, onde ele supostamente tentou desarmar um policial, resultando no uso de um Taser pela polícia.
O passageiro aguardará a sentença em uma data posterior, onde poderá enfrentar as penalidades máximas por suas ações, conforme detalhou o The Kansas City Star.
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