Doze passageiros que estavam a bordo do voo HA-35 da Hawaiian Airlines, que foi atingido por uma forte turbulência em dezembro de 2022, planejam processar a transportadora, alegando que os pilotos não tomaram as devidas precauções para evitar o incidente, relatou a imprensa havaiana.
De acordo com o Departamento de Investigação de Acidentes de Transportes dos Estados Unidos (NTSB), 25 passageiros e tripulantes ficaram feridos, seis dos quais gravemente. Uma criança de um ano também foi hospitalizada.
Os doze passageiros são representados pelo escritório de advocacia Husain Law and Associates, de Houston, e o advogado Nomaan Husain afirma que os pilotos deveriam estar cientes do mau tempo na área e instruíram os passageiros a apertar os cintos de segurança.
Os pilotos, entretanto, argumentam que não havia previsão de mau tempo no momento do incidente., apesar de existir um boletim do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA alertando sobre tempestades na região.
Dadas as condições, Hussain acredita que os pilotos deveriam ter tomado as devidas precauções, pois isso poderia ter evitado os ferimentos. “Temos clientes com ossos quebrados, hérnia de disco, lesões no pescoço e nas costas, além de concussões e lesões cerebrais leves”, relata Hussain.
O processo, que pode basear-se na capacidade dos pilotos de prever o risco de turbulência e suas ações para minimizar o perigo, depende da conclusão ainda em andamento pela NTSB.
O advogado e os passageiros esperam que o processo ajude a responsabilizar a Hawaiian Airlines e evite que o mesmo incidente ocorra novamente, no entanto, por outro lado, ele também pode representar um precedente perigoso para a judicialização da aviação em todos os casos de turbulência, que nem sempre são previsíveis.
