No dia 2 de fevereiro, Paulo Alexandre, diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) e presidente da FENTAC (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil), entregou um documento ao Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, contendo as demandas dos trabalhadores da aviação.
O governo federal está considerando a criação de um Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) com um aporte de R$ 6 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O objetivo é fortalecer o setor aéreo, permitindo que as empresas busquem crédito, se capitalizem e, consequentemente, ampliem seus investimentos na aviação. Outra justificativa para essa iniciativa é o aumento dos custos operacionais durante a pandemia de Covid-19, que afetou significativamente o segmento.
De acordo com as entidades sindicais, os trabalhadores da aviação foram os mais afetados pela crise no setor, provocada pela pandemia. Entre os problemas enfrentados estão reduções drásticas nos salários, aumento no número de demissões, diminuição do poder de compra e endividamento.
No documento apresentado, a CNTTL e a FENTAC propõem as seguintes medidas, caso o Fundo seja criado:
– Estabilidade no emprego para Aeronautas e Aeroviários por três anos a partir do recebimento dos aportes financeiros pelas companhias aéreas;
– Aumento real dos salários, compensando a inflação e as perdas salariais dos últimos quatro anos, desde o início da pandemia em março de 2020;
– Estabelecimento de uma comissão tripartite com o propósito de resolver conflitos judiciais coletivos, agravados pelo cenário de crise atual, também abordando questões sensíveis relacionadas à saúde e segurança no trabalho, como fadiga e jornadas extenuantes.
Além disso, o documento das entidades representativas dos trabalhadores foi protocolado junto ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e aos ministros Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), Fernando Haddad (Fazenda) e ao presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Informações da CNTTL
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