Petrobrás rebaterá Azul apontando que a empresa aérea cobra caro na passagem

A disputa entre aéreas e governo sobre preço do combustível de aviação será pautada por dados, com a Petrobrás rebatendo a Azul. A disputa envolve os pedidos das companhias aéreas para redução no preço do Querosene de Aviação, o QAV, que abastece os aviões turboélices e turbojatos.

A Petrobrás tem afirmado que não consegue reduzir mais o valor do produto que compõe até 40% dos custos das companhias aéreas e é sempre cotado em dólar. Do outro lado, a Azul afirma que a Petrobrás tem baixado o valor do QAV mas não no mesmo ritmo que o produto cai no exterior, ocorrendo uma defasagem que segundo a empresa “está o dobro que está lá fora“.

Agora a estatal petroleira irá rebater a Azul usando os próprios dados divulgados pela empresa aére, numa reunião que ocorrerá ainda esta semana entre as aéreas, governo e Petrobrás, segundo informa a Folha de São Paulo.

A petrolífera usará os dados do terceiro trimestre do ano passado da Azul, que apontou um uamento de 5,4% na passagem aérea quando comparado com o mesmo período de 2022, chegando a R$588 por passagem em média.

Neste mesmo período o QAV foi de R$6,10 para R$4,10, caindo 33%, e mesmo assim a Azul aumentou a tarifa. Para a Petrobrás a justificativa da empresa de não reduzir o valor das passagens e/ou não aderir o programa Voa Brasil (o das passagens sociais por R$200) por causa do alto valor do combustível é falsa.

Esses impasses junto da incerteza da abertura de linha de crédito do BNDES para o setor, encaminham o Voa Brasil para uma aborto definitivo.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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