A China já é bastante conhecida por ter uma realidade muito diferente da maior parte do mundo nos mais variados aspectos possíveis. Um bom exemplo é o próprio momento atual, em que praticamente todo o planeta já retirou as restrições relativas à pandemia, aceitando-a como uma doença endêmica, enquanto o governo chinês continua com severas limitações à população, em uma política de Covid zero.
Assim sendo, na aviação não poderia se esperar algo muito diferente, como explica um comandante brasileiro que pilota grandes aviões cargueiros na Coreia do Sul e, com isso, frequentemente opera voos em aeroportos na China.
No vídeo acima, Rafael Santos, do canal TFF – Teaching For Free no YouTube, comenta sobre como grande parte dos procedimentos é diferente do que se vê em outros países, a começar pelo próprio sistema de medida, em que a altitude é dada em metros, e não em pés como o padrão da aviação.
Ele também faz crítica ao fato de que as comunicações na frequência de controle são feitas em chinês com os pilotos locais, ao invés do inglês como na maioria dos grandes aeroportos pelo mundo, impedindo uma melhor consciência situacional dos pilotos estrangeiros sobre o que está acontecendo com os demais aviões nas proximidades.
Nesse aspecto, Santos até estende a crítica ao Brasil, que também usa comunicações em português ao invés de adotar o inglês como padrão nos aeroportos e rotas com tráfegos internacionais (a boa consciência situacional dos pilotos é um importante fator na segurança de voo).
Acompanhe tudo que Rafael Santos, o Tiozão, tem a dizer na gravação disponibilizada acima.
Por sinal, o próprio comandante já havia feito outro vídeo, meses antes, comentando também sobre a dificuldade de operar em aeroportos chineses em meio às severas restrições da Covid-19, sem poder sair do avião ou ter contato com qualquer pessoa das equipes de serviços no pátio. O conteúdo pode ser assistido novamente neste link.
