A British Airways teve de se apresentar a um tribunal de trabalho para responder a uma discriminação alegada pelo piloto, Peter Burch, que trabalhava para a companhia aérea há mais de 15 anos e foi demitido após um caso insólito a bordo de um voo. Burch se recusou a usar máscara facial em plena pandemia, pois se descreveu como um “ser soberano” que não deveria ser obrigado a usar máscaras.
Os juízes do tribunal ouviram que o piloto era treinado para voar na frota de longa distância da BA antes de ser demitido quando se recusou a usar máscara no avião em 22 de fevereiro de 2022. Burch argumentou que sofria de ansiedade severa e que não concordava com a obrigatoriedade de máscaras. Foi alegado por Burch que não queria usar uma máscara porque era “ser soberano” que deve ter o direito de respirar livremente.
Segundo reporta o DailyMail, de acordo com informações fornecidas ao tribunal, Burch disse que foi motivado pela sua interpretação pessoal sobre a pandemia de Covid-19 e que estava cada vez mais preocupado com a resposta do governo e as políticas de saúde pública, motivo pelo qual estava com medo de usar máscara no avião.
O piloto alegou que a companhia aérea o discriminou porque não tinha permitido que ele se expressasse da forma como queria. Ele tinha feito a sua própria investigação e estava em desacordo com as políticas em relação ao uso de máscaras.
A British Airways alegou, contudo, que a recusa de Burch em usar máscara facial foi por causa de sua crença filosófica, um fundamento que foi rejeitado pelo tribunal. Depois de ouvir argumentos de ambas as partes, o tribunal concluiu que não havia provas suficientes para suportar as alegações efetuadas por Burch e, portanto, confirmou a demissão do piloto sem justa causa.
O tribunal também sugeriu a Burch que ele estaria em melhores condições se tomasse conhecimento das novas pesquisas sobre máscaras e seus benefícios para a saúde pública.
