Na terça-feira (20), o Tribunal da Cidade de Khimki da Região de Moscou, condenou o comandante de um avião da Aeroflot que caiu no Aeroporto Sheremetyevo em maio de 2019, matando 41 pessoas a bordo, incluindo duas crianças. O piloto foi condenado a seis anos de prisão em uma colônia penal russa, após ser considerado culpado de violar as regras de segurança aérea.
Segundo informa a mídia russa TASS, Denis Evdokimov também foi condenado a pagar a duas vítimas 1,5 milhão de rublos cada (aproximadamente US$ 17.700) e foi proibido de pilotar uma aeronave por três anos após sua libertação da prisão.
Evdokimov era o comandante de um Sukhoi Superjet SSJ-100 de construção russa, que foi atingido por um raio logo após a decolagem do aeroporto de Sheremetyevo. O raio causou perda de comunicação de rádio e possíveis problemas elétricos e levou os pilotos a retornarem imediatamente.
No retorno ao aeroporto de origem, o piloto realizou um duro pouso, causando o colapso do trem de pouso e culminou com um incêndio catastrófico que rapidamente tomou conta da aeronave. Veja os vídeos novamente clicando aqui.
Os comissários de bordo da Aeroflot fizeram um grande trabalho e salvaram dezenas de pessoas a bordo, conforme seus treinamentos, mas a evolução rápida do incêndio não permitiu que todos a bordo fossem salvos.
Durante a evacuação resultante, 40 passageiros e um membro da tripulação morreram, alguns dos quais ficaram presos na parte de trás da aeronave, que foi engolfada por uma espessa fumaça negra e chamas.
“O tribunal decidiu considerar Evdokimov culpado de acordo com a Parte 3 do art. 263 do Código Penal da Federação Russa (violação das regras de segurança no trânsito) e condená-lo a seis anos de serviço em um assentamento-colônia”, disse o juiz do caso.
Os promotores argumentaram que a causa do acidente não foi o raio, mas sim a falha do piloto em seguir os procedimentos corretos no pouso da aeronave. Cconcluiu o tribunal que foram as ações do comandante que fizeram com que o avião quicasse ao longo da pista, provocando a falha do trem de pouso e consequente acidente.
O advogado de defesa de Evdokimov diz que pretende apelar do veredicto, argumentando que a sentença foi dura demais.
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