Uma situação meteorológica acabou forçando um desvio de um Boeing 737 num voo comercial, mas o jato acabou indo parar na Ucrânia.
O desvio que resultou no avião entrando indevidamente no espaço aéreo ucraniano, que está fechado para voos comerciais, ocorreu com o voo 4665 da companhia polonesa Enter Air, de Posnânia para Antália, na Turquia, operado por um Boeing 737-800.
Ao se aproximar da Eslováquia, a tripulação detectou uma grande tempestade à frente e pediu um desvio, que foi feito pela esquerda. Porém, a rota original já passava relativamente próximo da fronteira com a Ucrânia e, com esse desvio, o avião acabou entrando de fato no espaço aéreo ucraniano.
Dados da plataforma de rastreamento de voos RadarBox apontam que o avião ficou em torno de 8 minutos dentro do espaço aéreo ucraniano, que está fechado para voos desde o ano passado após a invasão dos russos.
Apesar do desvio, a aeronave não passou por nenhum problema e voltou à rota normal seguindo pela Hungria, Romênia e Bulgária até chegar no espaço aéreo turco. A companhia Enter Air informou que o desvio foi feito sob instruções do controle de tráfego aéreo local.
Mesmo com mais de um ano de conflito, nem a Rússia e nem a Ucrânia conseguiram estabelecer a dominação do espaço aéreo e têm feito uso limitado de aviões para atacar posições no solo, dadas as perdas numerosas por baterias antiaéreas nas primeiras semanas da invasão e também à filosofia ainda da época soviética, que conta com mais tropas de solo e mísseis lançados do chão do que um bloqueio aéreo, que é a forma de atuação da OTAN.
Entrar no espaço aéreo de um lugar em conflito não é algo prudente, pois existe o temor de que aconteça novamente um abatimento “por engano”, de maneira similar que ocorreu em 2014 quando soldados vinculados à Rússia não souberam distinguir um Boeing 777 de um caça Sukhoi Su-25, e dispararam contra um jato civil matando 298 pessoas.
Ainda assim alguns aviões que estavam presos na Ucrânia têm saído nos últimos tempos: