Um caça chinês Shenyang J-11 conduziu uma interceptação perigosa de um bombardeiro Boeing B-52 da Força Aérea dos EUA à noite no espaço aéreo internacional sobre o Mar do Sul da China, disse o lado americano.
O incidente, filmado em 24 de outubro pela cápsula de mira do B-52, mostra o J-11 se aproximando pela parte traseira esquerda do bombardeiro americano, com os pós-combustores acesos. O Comando Aéreo Indo-Pacífico (PACAF), da USAF, afirma que o jato chinês chegou a 3 metros (10 pés) do bombardeiro.
“Durante a interceptação noturna, o piloto chinês voou de maneira insegura e pouco profissional, demonstrou falta de pilotagem ao aproximar-se com velocidade excessiva descontrolada, voando abaixo, na frente e a 10 pés do B-52, colocando ambas as aeronaves em perigo de colisão”, diz o PACAF.
#USINDOPACOM Statement on #PRC Unprofessional Intercept: "A People’s Republic of China J-11 pilot executed an unsafe intercept of a U.S. Air Force B-52 aircraft which was lawfully conducting routine operations over the South China Sea…"
— U.S. Indo-Pacific Command (@INDOPACOM) October 26, 2023
Read more⬇️https://t.co/UnCmnneAr7 pic.twitter.com/6k79Koah3V
Na nota, o PACAF expressou preocupação pelo fato de o piloto não ter conhecimento de quão perto o incidente esteve de causar uma colisão, afirmando que a visibilidade era limitada e que a interceptação violava as regras e normas internacionais.
“A interceptação foi realizada à noite, com visibilidade limitada, de forma contrária às regras e normas internacionais de segurança aérea”, acrescenta a PACAF. “As aeronaves militares, quando se aproximam intencionalmente de outras aeronaves, devem operar com habilidade profissional e dar a devida atenção à segurança das outras aeronaves.”
Uma colisão entre aeronaves chinesas e aliadas seria um grande incidente internacional, potencialmente levando a conflitos na região.
A situação segue-se ao recente compartilhamento de detalhes pelo Pentágono sobre um “aumento acentuado” no número de interceptações agressivas de aeronaves militares dos EUA e aliadas por caças chineses.
Pequim reivindica a maior parte do Mar da China Meridional e construiu bases militares em ilhas artificiais – depois de ter dado garantias anteriores de que não o faria. Além das disputas territoriais com os vizinhos do Sudeste Asiático, a China continua a realizar saídas diárias para sondar as defesas de Taiwan.
“Os EUA continuarão a voar, navegar e operar – com segurança e responsabilidade – sempre que as leis internacionais o permitirem”, acrescenta a PACAF. “A Força Conjunta do Comando Indo-Pacífico dos EUA continua dedicada a uma região Indo-Pacífico livre e aberta, e esperamos que todos os países do Indo-Pacífico operem no espaço aéreo internacional com segurança e de acordo com o direito internacional.”