A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) realizou uma grande demonstração de força durante exercícios recentes, lançando uma missão com 12 bombardeiros stealth Northrop Grumman B-2 Spirit.
Realizada em 15 de abril na base aérea de Whiteman, no Missouri, a missão ocorreu durante o Spirit Vigilance, um exercício anual de bombardeiros estratégicos projetado para testar a prontidão da frota de B-2.
A exibição incluiu um chamado “elephant walk” – uma sequência de várias aeronaves taxiando em sucessão próxima, de acordo com a Força Aérea dos EUA.
O Comando de Ataque Global da Força Aérea, responsável pelos mísseis balísticos terrestres e bombardeiros pesados dos EUA, já descreveu o Spirit Vigilance como uma demonstração da capacidade do serviço de “gerar e implantar rapidamente o B-2 sob maior escrutínio e limitações de tempo do que as missões de voo diárias normais”.
A clip of B-2s involved in Exercise Spirit Vigilance at Whiteman AFB, April 15th [USAF video] #B2 pic.twitter.com/Y15V7hPFON
— Saint1 (@Saint1Mil) April 18, 2024
O B-2 é o único bombardeiro stealth nuclear do Pentágono. A Força Aérea dos EUA mantém uma frota de apenas 20 desses bombardeiros, devido ao seu preço impressionante: US$ 2,2 bilhões por aeronave em dólares atuais.
Os B-2 também são conhecidos pela dificuldade de manutenção, muitas vezes exigindo longos períodos de parada para manter seu perfil stealth, além de requererem revisões completas a cada nove anos. Essas exigências de manutenção e o tamanho reduzido da frota fazem com que a Força Aérea dos EUA raramente execute missões compostas por tantos desses bombardeiros.
Washington espera aliviar essas restrições com o sucessor do B-2, o Northrop Grumman B-21 Raider. A Força Aérea dos EUA pretende ter uma frota de B-21 muito maior (comprometeu-se a comprar pelo menos 100 unidades desse tipo) e espera que os Raiders tenham uma disponibilidade operacional muito melhor. A Northrop afirmou que o B-21 é projetado para ser um “voador diário”, com confiabilidade e facilidade de manutenção sendo metas-chave do programa.
O B-21 está atualmente em testes de voo, com pelo menos um protótipo em operação e mais cinco exemplos em produção. A entrega do primeiro Raider está prevista para meados da década, de acordo com a Força Aérea dos EUA, que pretende basear a primeira aeronave operacional na base de Ellsworth, em Dakota do Sul.
Enquanto isso, os B-2 continuam sendo um pilar fundamental do chamado “trio nuclear” dos EUA, que consiste em bombardeiros, mísseis balísticos terrestres e mísseis balísticos lançados por submarinos.
A Northrop está planejando uma série de modernizações da frota destinadas a manter os Spirits voando até, potencialmente, a década de 2050. O trabalho incluirá a aplicação de novos materiais de baixa observabilidade destinados a reduzir a carga de manutenção do B-2.
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