Felix Antelo renunciou ao cargo de presidente e CEO da Viva Air após cinco anos de a conduzir a um crescimento exponencial que parecia não ter fim até que o contexto mundial pós-pandemia e a guerra na Ucrânia complicaram ao extremo a sua situação financeira. Em carta enviada aos funcionários, Antelo destaca que sua decisão foi tomada “por causa da minha saúde, que tem piorado nos últimos tempos”, reporta o Aviacionline.
“É com muita dor que escrevo este e-mail para informar que hoje renuncio ao cargo de Presidente & CEO da Viva”, começa a carta de Antelo. “Ingressei na Viva há quase 5 anos atraído pelo projeto de promover o modelo de baixo custo na Colômbia e no Peru, e também em outras partes da região. O plano de negócios, visão e ambição da Irelandia foram fatores determinantes na época para eu ingressar na Viva. Tudo o que tinha que ser feito e criado e a possibilidade de divulgar o modelo na região foi algo muito atrativo e transformador”, continua.
Antelo conta como a Viva era uma empresa bem menor, mas com grande potencial, que sob sua gestão renovou a frota e abriu rotas em tempo recorde, melhorando os índices de desempenho até se tornar uma das maiores do setor na região até a pandemia a atingir e eles serem forçados a aterrissar seus aviões por seis meses como resultado das restrições do governo às viagens aéreas.
Mesmo assim, destaca o executivo, “a Viva foi, sem dúvida, a que melhor passou pela pandemia, em qualquer parâmetro que seja levado – financeiro, crescimento de mercado, referência de passageiros, certificação de biossegurança, ambiente de trabalho. E foi neste período que a Viva provou o seu valor e importância no mercado, tornando-se mesmo uma companhia aérea desejada por vários stakeholders e uma marca que nos enche de orgulho“.
Antelo menciona que durante este último ano trabalhou muito para obter a aprovação para a integração da Viva com a Avianca “para fazer parte de um grupo de companhias aéreas que possam competir da Colômbia em pé de igualdade com as melhores do mundo” , mas que “infelizmente, as reviravoltas no processo, o ruído da mídia e a indefinição por parte da autoridade levaram isso muito além do razoável” .
“Fizemos tudo, absolutamente tudo ao nosso alcance para conseguir esta aprovação, que espero que chegue nos próximos dias, pois a questão é extremamente urgente”, continua a carta do agora ex-CEO da Viva, insistindo que “a Aerocivil tem todos os elementos, incluindo uma ampla série de condições, para tomar uma decisão agora”.
O gestor de origem argentina assumiu o cargo de Presidente e CEO da Viva em maio de 2018. Anteriormente, foi CEO da LATAM Peru entre abril de 2014 e abril de 2018, empresa na qual também ocupou o cargo de Vice-Presidente de Vendas Long Haul entre 2012 e 2014, VP de Vendas Internacionais entre 2009 e 2012 e Diretor Comercial da LAN Argentina entre 2005 e 2010.
