Prefeito do Rio de Janeiro quer privilégio para políticos e Ponte Aérea no Santos Dumont

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez uma publicação em suas redes sociais em tom de celebração, dizendo que negociou com o Governo Federal para que sejam restringidos os voos no Aeroporto Santos Dumont, o mais central e conveniente da capital fluminense, para apenas ligações com São Paulo (a Ponte Aérea) e Brasília.

Curiosamente, o próprio Paes, em sua publicação, diz que também prefere o Santos Dumont. “A concentração de voos no Santos Dumont (que eu também prefiro pelas qualidades que conhecemos) não só tornou esse aeroporto caótico como está matando a principal porta de entrada do Brasil”, disse Paes, sem entender que a principal entrada do Brasil, há décadas, é o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Nos dias atuais, o Santos Dumont ganhou um enorme protagonismo, não apenas pela localização, mas pelo medo que muitas pessoas têm de aterrissar no Galeão e ter que cruzar a Linhas Vermelha, onde são registrados assaltos e tiroteios. Para se ter como exemplo, a própria equipe do AEROIN prefere evitar o Galeão quando se desloca para realizar pautas no Rio de Janeiro.

Outro ponto importante é que deverão ser mantidas apenas a Ponte Aérea, o que faz sentido pela importância das conexões de negócios entre São Paulo e Rio, e a ligação com Brasília, para servir exatamente aos políticos. Um usuário do Twitter questionou: “ora, se o Galeão é tão bom assim, por que os políticos não embarcam por ele?”.

Em se falando de conexões, São Paulo e Brasília devem seguir sendo os principais centros de conexão do Brasil, independente da decisão do prefeito do Rio. Nesse sentido, Latam e Gol teoricamente levam a melhor, pois têm hubs em Brasília e São Paulo (Congonhas e Guarulhos), enquanto a Azul tem seus hubs em Campinas e Belo Horizonte.

Agora, o que resta é acompanhar os desdobramentos desta medida com nuances rocambolescas.