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Presente de fim de ano: Air China encomendou 17 aeronaves Comac ARJ21 e C919

C919 – Imagem: Weimeng, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia

A Air China anunciou um acordo para a aquisição de 17 aeronaves da fabricante chinesa Commercial Aircraft Corp (COMAC): seis C919 e onze ARJ21, a serem entregues entre 2024 e 2026, conforme comunicado protocolado pela empresa na bolsa de valores de Xangai.

Segundo informações da Aviacionline, o valor total da encomenda, conforme consta no documento, ascende a 1,1 bilhão de dólares e surge numa altura em que a fabricante aumentou os preços de suas aeronaves.

Este pedido é um acréscimo aos 35 ARJ21 encomendados em 2019 e aos 5 C919 encomendados anteriormente, com 15 opções. De acordo com a plataforma Cirium, a estatal chinesa já recebeu 20 ARJ21-700, com capacidade para 90 passageiros, sediados em Hohhot, e opera principalmente em rotas com menor procura.

Buscando apoio governamental para a expansão do mercado, o gerente geral da COMAC, Zhou Xinmin, pediu recentemente ajuda governamental adicional, como incentivos para companhias aéreas e aeroportos, para promover ainda mais a adoção de aeronaves produzidas internamente.

O C919, com capacidade para 192 passageiros e autonomia de 5.555 km, é um exemplo fiável da capacidade industrial chinesa, que levou décadas para se desenvolver. O ARJ21 é um primeiro expoente dessa capacidade difícil de adquirir para a produção em série de aeronaves de tecnologia avançada.

Essa ambição estende-se ao desenvolvimento de uma aeronave de fuselagem larga, o C929, que a China planejava desenvolver em conjunto com a Rússia, mas agora continuará a produzir sozinha, consolidando ainda mais sua posição no mercado.

Com a Boeing antecipando a necessidade de 8.560 novas aeronaves de passageiros na China até 2042, o cenário da aviação do país está preparado para uma transformação dinâmica. Conquistar uma fatia desse mercado garante a sobrevivência econômica de qualquer fabricante, e a COMAC está demonstrando que sua aeronave funciona, pois desde sua entrada em operação comercial não apresentou nenhuma falha.

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