O presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse que o governo está tentando negociar com militantes da ala militar do separatista Free Papua Movement (descrito como terrorista na Indonésia) para libertar o piloto neozelandês Philip Mertens. A informação foi divulgada na terça-feira pelo portal Detik.
Segundo a matéria, Widodo disse que estão sendo tomadas providências para negociar. “Continuaremos a tentar negociar”, disse o presidente indonésio, citado no portal. “Na verdade, há muitas medidas que estamos tomando, mas não posso divulgá-las agora”, acrescentou. O presidente indonésio também observou que, após uma viagem à Austrália, planeja visitar a Papua Ocidental, informa o portal.
Foi relatado anteriormente que os separatistas que detêm Mertens abriram fogo em 17 de abril de 2023 contra um destacamento de militares indonésios enviados para libertar o piloto. Durante o confronto, quatro soldados foram mortos, cinco feridos e um desaparecido, outros 26 foram forçados a recuar, “estando sob forte fogo de militantes que emboscaram na floresta”.
O piloto neozelandês da companhia aérea indonésia Susi Air e cinco de seus passageiros foram feitos prisioneiros em 8 de fevereiro. A ala militar do separatista Exército de Libertação Nacional de Papua Ocidental reivindicou a responsabilidade. Os militantes posteriormente libertaram os passageiros do avião, dizendo que o piloto não seria libertado até que o governo indonésio reconhecesse a independência da região.
As autoridades indonésias enfatizaram que preservariam o princípio da indivisibilidade e integridade do Estado consagrado na constituição do país e não pretendem negociar com os separatistas.
Em 1969, a Indonésia estabeleceu o controle sobre o território da Nova Guiné Ocidental e formou a partir dela a província de West Irian, dividindo-a posteriormente em duas partes – Papua e Papua Ocidental. Em 2019, tumultos e protestos ocorreram nas províncias de Papua e Papua Ocidental exigindo um referendo sobre a autodeterminação.
