Principal desafio hoje da GOL é o atraso da Boeing, afirma a companhia

A GOL Linhas Aéreas não está conseguindo crescer e o seu crescimento está sendo segurado pelo seu principal fornecedor: a Boeing.

A empresa falou hoje durante um dia de apresentação para investidores e mídia, o Gol Day, que os atrasos nas entregas do Boeing 737 MAX é o fator que mais impede hoje a empresa de crescer.

Hoje, é notório passar pelo Aeroporto Internacional de Confins e ver várias aeronaves da companhia paradas dentro do seu hangar, num número maior que nos centros de manutenção das concorrentes Azul e LATAM.

“Recebendo menos 737 MAX, a pressão aumenta na nossa programação de manutenção. Ao não receber os novos aviões criamos dois problemas: Menos capacidade e maior pressão no lado de manutenção, isto está segurando nosso crescimento, não podemos expandir como planejamos”, afirma Celso Ferrer, CEO da GOL.

A Boeing tem tido vários pequenos problemas com o 737 MAX mesmo após a sua recertificação, que foram agravados pela disrupção na cadeia global de suprimentos causada pela pandemia do coronavírus.

Relatos de fontes de dentro da companhia dão conta de que alguns jatos 737 Next Generation não podem voar mais por já estarem para fazer manutenção, mas ao mesmo tempo não podem ser devolvidos já que os MAX não chegaram, o que aumenta o tempo de hangar ocupado.

A fabricante americana esperava em breve regularizar a taxa de entregas do 737, principalmente com a certificação dos modelos das pontas: o menor MAX 7 e o maior MAX 10, sendo que este último foi comprado pela GOL, mas ainda não tem uma data de chegada, exatamente pelo atraso na certificação que já era para ter ocorrido.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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