EXCLUSIVO – Um levantamento inédito mostra quais foram os aviões executivos mais caros comprados no ano passado no Brasil.
Utilizando dados da ANAC e cruzando com informações da americana FAA, o AEROIN obteve a relação das aeronaves que foram transferidas, importadas e vendidas no Brasil em 2022.
Os dados levam em consideração a data da transferência do documento, sendo que o valor em si pode ter sido pago inclusive em 2021. Também vale ressaltar que o método de pagamento (financiamento, compra direta, alienação e etc.) não foi levado em conta.
As aeronaves que foram compradas em dólar estarão sinalizadas com um asterisco (“*“) e para a conversão foi considerado o valor da moeda americana comercial no dia, não mantendo nenhuma correção monetária nos montantes apresentados aqui.
Gulfstream G650ER – PS-FGT – R$256 milhões
Um dos jatos com maior alcance no mundo, este G650ER foi fabricado em 2018 e comprado no Brasil por uma das famílias donas da AB InBev, e já constava em outra lista nossa dos maiores aviões executivos do país.
Gulfstream G650ER – PP-IZB – R$245 milhões
Pertecente ao grupo CAOA, este avião ficou pouco tempo no Brasil, e segundo relatos seria apenas um avião “tampão” até a chegada do novo G700, que ainda está em processo de homologação nos EUA, que deve ocorrer até o final do ano.
No entanto, com o falecimento do dono da fábrica, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, em 2021, não está confirmado se o novo jato teve a encomenda mantida. Hoje o G650ER voa nos EUA com a matrícula N12NU.
Bombardier Global 6000 – PR-DYB – R$208 milhões
Um dos maiores aviões do Brasil chama a atenção por sua pintura estilizada e fragmentada, ele pertence ao laboratório CIMED e foi fabricado em 2018.
Embraer Praetor 600 – PS-RDN – R$122 milhões
Novo da fábrica da Embraer, foi o jato executivo nacional mais caro comprado no ano passado. A aeronave pertence a uma empresa mineira do setor imobiliário e de mineração, com aeroporto próprio na região Centro-Oeste do estado.
Bombardier Challenger 350 – PS-FJB – R$122 milhões
Pertecente a família dona da JBS Friboi, este Challenger foi produzido no Canadá em 2017 e chegou ao Brasil no ano passado.
Dassault Falcon 7X – PP-VSS – R$87 milhões
O jato francês fabricado em 2011 pertence à uma empresa de Ronaldo Cezar Coelho, conhecido empresário brasileiro que é acionista das concessionárias de energia Light e Energisa, também com investimentos na tabacaria Souza Cruz.
Este avião tem gestão compartilhada com duas outras empresas, sendo uma pertencente à também carioca Gávea Investimentos do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e do empresário Luiz Henrique Fraga.
Bombardier Challenger 350 – PS-JRD – R$86 milhões
A pintura desta aeronave fabricada em 2019 diz tudo: é o avião do Restaurante Madero, do chef Júnio Durski. O avião ficou pouco tempo com o restaurante famoso pelos hambúrgueres e hoje voa nos EUA com a matrícula N623N.
Embraer Legacy 500 – PR-HIL – R$73 milhões
Este Legacy 500, hoje vendido com modificações como Praetor 600 pela Embraer, substituiu um Phenom 300 da AJ Malls Shoppings, uma holding da família da indústria catarinense de couro, Viposa.
Embraer Legacy 650 – PR-TLC – R$64 milhões
Versão executiva do consagrado jato regional Embraer ERJ-135, este Legacy 650, foi fabricado em 2012 e é de propriedade do Santander que o financiou para um dos donos da Friboi, assim como o PS-FJB, que fica com um outro dono da mesma família.
Bombardier Global Express – PR-OOF – R$63 milhões
Em 10º lugar, mas provavelmente o mais conhecido avião desta lista, está o Global Express ano 2001 pertencente à Balada Produções, que é a produtora do cantor sertanejo Gusttavo Lima.
Com uma pintura bastante discreta, apenas com símbolo de um casa em referência ao título de “Embaixador” que o cantor mineiro recebeu, este jato é visto em vários aeroportos brasileiros nas turnês de Lima. Ele substituiu um Embraer E135 que hoje faz voos comerciais de luxo nos EUA.
