Um relatório de segurança da fabricante de aviões Boeing indicou um aumento significativo de seis vezes no número de reclamações relacionadas a preocupações com a segurança feitas por seus funcionários nos primeiros dois meses deste ano.
A maioria das notificações foi registrada após o incidente de 5 de janeiro, no qual uma porta de um Boeing 737 MAX 9 se soltou durante o voo. Esse acontecimento intensificou o escrutínio da FAA, a autoridade reguladora de aviação dos EUA, sobre a empresa. A FAA já tinha identificado anteriormente que a Boeing estava priorizando a produção em detrimento da segurança.
O CEO da Boeing, Dave Calhoun, que deve se aposentar no final do ano, já tinha incentivado os funcionários a identificar falhas nos processos da empresa.
“Segurança e qualidade devem e estarão acima de tudo”, declarou o diretor executivo da corporação na apresentação dos resultados trimestrais em abril. A Boeing tem enfrentado uma série de questões de segurança nos últimos anos, principalmente em relação ao 737 Max, que foi suspenso mundialmente após dois acidentes fatais.