Reportagem levanta suspeitas de negociação entre a Boeing e grupo de cibercriminosos

No último dia 27 de outubro, a Boeing, uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo, teria sido alvo de um ataque cibernético perpetrado pelo grupo de ransomware Lockbit, baseado em informações divulgadas pelo próprio grupo no mesmo dia.

Segundo informações, o grupo teria roubado uma grande quantidade de dados confidenciais da empresa e ameaçava publicá-los e vazá-los na internet caso não recebesse o pagamento até o dia 2 de novembro.

A situação foi revelada pelo grupo em seu site oficial, gerando grande repercussão na empresa e nos usuários de seus serviços e produtos. Após alguns dias, a gigante aeroespacial disse que havia sido alvo de um ataque cibernético, mas não ofereceu mais detalhes.

Hoje, 3 de novembro, houve uma mudança que pode ter apontado para uma possível negociação de resgate entre a Boeing e o grupo criminoso. Isso porque, segundo a mídia de tecnologia Cybernews, a Boeing havia sido removida da lista de resgates e ameaça de vazamento da Lockbit.

Outro tema apontado pelo site é que a página de serviços da Boeing encontrava-se fora do ar devido a “problemas técnicos”, conforme comunicado da empresa. Não há, porém, evidências de que isso estaria ligado ao ataque e ao vazamento.

Enquanto isso, o Lockbit, que é conhecido por utilizar táticas de dupla extorsão, que criptografam os dados da vítima e ameaçam vazá-los caso suas exigências não sejam atendidas, alega ter realizado mais de 1.400 ataques em todo o mundo, incluindo Estados Unidos, Ásia, Europa e África.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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