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Royal Air Maroc lança Pedido de Propostas para adquirir 200 aviões; Embraer E2 pode ser uma opção

Boeing 787-9 da Royal Air Maroc – Imagem: Divulgação

O CEO da Royal Air Maroc (RAM), Abdelhamid Addou, anunciou finalmente que foi lançado, em 18 de abril, um Pedido de Propostas (RFP) para adquirir 200 aeronaves e quadruplicar a frota da RAM na década de 2030.

O objetivo deste RFP é transformar o Marrocos em um hub de conexões importantes para a região, aproveitando sua vantagem geográfica, seu robusto mercado turístico e a próxima Copa do Mundo FIFA 2030, informou o portal Aviacionline, parceiro do AEROIN.

Abdelhamid Addou reafirmou o compromisso com a expansão da companhia aérea em uma entrevista concedida à Reuters, na qual revelou o plano para a Royal Air Maroc. A companhia aérea focará em fortalecer a conectividade nacional, estabelecer rotas turísticas ponto a ponto e reforçar o Aeroporto de Casablanca (CMM) como um importante centro de conexões.

Por enquanto, a licitação destaca apenas a necessidade de ter uma variedade diversificada de aeronaves, buscando o melhor ofertante entre os fabricantes. O CEO declara que os modelos devem atender às funções de rotas de curta distância (ATR, Embraer E2 ou Airbus A220), média distância (Boeing 737 MAX ou Airbus 320neo) e longa distância (Airbus A330neo e A350, Boeing 787 e 777X).

Atualmente, sua frota é composta por seis ATR 72-600, 28 Boeing 737-800, dois Boeing 737 MAX 8, um Boeing 767-300BCF (cargueiro), cinco Boeing 787-8, quatro Boeing 787-9 e quatro Embraer 190. A empresa aguarda a entrega de dois 787-9, quatro 737 MAX e um 737-800.

Casablanca, um hub estratégico para a Royal Air Maroc

A RAM não é a única companhia aérea da África que busca criar um hub de conexões. Na verdade, há várias concorrentes.

A Ethiopian Airlines é a maior companhia aérea do continente, e já é concorrente direta das companhias do Golfo (Emirates, Qatar Airways e Etihad) com seu centro de conectividade.

Além disso, em 2022, a EgyptAir revelou seu interesse em competir com a Turkish Airlines como um hub de conexão mundial, aproveitando seu robusto mercado turístico. A Kenya Airways também busca ter um hub, tomando como exemplo o feito pela Ethiopian Airlines.

O plano da Royal Air Maroc tem uma vantagem, que é a sua maior facilidade de acessar destinos da União Europeia, devido a um acordo Euro-mediterrânico de livre comércio com o Reino do Marrocos, em vigor há 30 anos, que permitirá fortalecer seu hub entre a Europa e a África.

Além disso, sua localização geográfica lhe dá a possibilidade de usar o Airbus A321neo (LR ou XLR) para destinos secundários na costa leste da América do Norte, África do Sul e Oriente Médio. Também há uma demanda variável para destinos nacionais no Marrocos, África Ocidental ou Europa Oriental, oferecendo uma oportunidade para o Embraer E2 ou o Airbus A220.

Por fim, a América do Sul e o Sudeste Asiático têm sido considerados mercados potenciais para a Royal Air Maroc, sendo que o Boeing 787-8 ou Airbus A330neo são aeronaves ideais para destinos com menor demanda. A América do Sul pode ser uma região de potencial em tráfego de conexão de/para a Europa, especialmente com Espanha e Portugal.

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