Sem definição a curto prazo da guerra contra a Ucrânia, a Rússia ainda busca a via diplomática para regularizar os jatos ocidentais operados no país.
Logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, as companhias aéreas do país invasor ficaram numa situação delicada, já que não podiam fazer transações para o pagamento dos aluguéis (leasing) de suas aeronaves ocidentais, e ao mesmo tempo não podiam comprá-las.
As sanções impactaram fortemente a aviação russa, que começou a ficar sem peças para seus jatos e teve alguns aviões apreendidos no exterior. Algumas companhias aéreas conseguiram negociar com as empresas de leasing para comprar aeronaves, mas foi algo pontual e limitado, mas sem efeito prático, já que as sanções proíbem a liquidação das operações.
Passados vários meses, o governo da Rússia estaria agora propondo à União Europeia uma exceção às sanções para permitir a compra de 400 aeronaves que já estão em operação com as companhias aéreas russas. O pagamento seria feito por uma espécie de Fundo Nacional Soberano da Rússia, dando a entender que seria um pagamento de grande volume e não um financiamento de longo prazo.
Existe uma certa resistência por parte da União Europeia, segundo reporta a Reuters, já que o bloco continua a fornecer armas e não deve parar até que os russos saiam por completo da Ucrânia. Por outro lado, as empresas de leasing, em sua maioria baseadas na Irlanda, não veem outra maneira de reduzir os prejuízos que não seja aceitar uma proposta de pagamento da Rússia, mesmo com descontos e abonos de multas.
