Ryanair cancela todos os voos para Israel, mas não tem nada a ver com questões de segurança

Divulgação – Ryanair

Menos de duas semanas depois de retomar os voos para Israel, a Ryanair decidiu, pelo menos temporariamente, cancelar todos os voos para o país a partir do final deste mês. O cancelamento não se deve a preocupações com a segurança, mas à insatisfação da companhia aérea de baixo custo com o operador do aeroporto de Tel Aviv.

Antes do ataque do Hamas a Israel em outubro, a Ryanair usava o Terminal 1 em Tel Aviv, terminal de baixo custo com taxas muito menores para as companhias aéreas. Desde então, este terminal está fechado por causa do número reduzido de passageiros desde o início da guerra, o que deixou apenas o terminal mais caro, o Terminal 3, em operação.

A Ryanair não está satisfeita com a situação atual e pediu à Autoridade Aeroportuária de Israel para reabrir o Terminal 1 ou para cobrar as taxas mais baixas do Terminal 1 pelo uso do Terminal 3. No entanto, a solicitação foi recusada, de acordo com vários meios de comunicação israelenses.

A empresa decidiu então retirar todos os voos para Israel dos sistemas de reserva a partir do final de fevereiro. Isso não terá impacto significativo, pois a Ryanair vinha operando apenas um horário limitado desde a retomada dos voos em 1º de fevereiro, com voos de Tel Aviv para cinco destinos europeus: Marselha, Milão, Memmingen, Viena e Karlsruhe.

Cada vez mais companhias aéreas estão voltando para Israel após terem interrompido suas rotas regulares em outubro devido a preocupações com a segurança. Entre essas empresas estão Lufthansa, SWISS, Austrian Airlines, Air France e Transavia France, isto é, várias outras companhias aéreas, como British Airways e Air Europa, retomarão seus voos em breve.ssz

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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