A Ryanair já demonstrou interesse caso a United faça um distrato com a Boeing para não receber os jatos 737 MAX 10 que encomendou. A empresa aérea americana opera a maior frota de jatos 737 MAX 9 do mundo além de alguns MAX 8, e também encomendou a versão do 737 já produzida, a MAX 10, que ainda será certificada.
Os recentes problemas com o MAX 9 afetaram não apenas os voos da United Airlines, mas sua perspectiva com a Boeing, que deverá atrasar mais uma vez as entregas dos aviões novos (assim como a certificação do MAX 7 e MAX 10).
Insatisfeita com a situação, a americana já estaria desenhando um plano de frota e malha sem o MAX 10, e a Ryanair “cresceu os olhos” neste planejamento.
Durante a divulgação dos resultados do último trimestre de 2024, a empresa irlandesa informou que “continua a trabalhar em estreita colaboração com a Boeing para minimizar atrasos nas entregas e melhorar o controle de qualidade tanto em Wichita (fábrica da Spirit AeroSystems que faz as fuselagens dos 737) quanto em Seattle na fábricad a Boeing. Embora o recente embargo do MAX 9 tenha sido um contratempo decepcionante, não esperamos que isso afete a frota MAX 8 ou a certificação do MAX 10”.
No entanto, durante a apresentação para os investidores, o sempre polêmico CEO Michael O’Leary foi ao microfone e falou que “se a United quiser atrasar ou cancelar qualquer pedido de MAX, a Ryanair ficará muito feliz em receber as aeronaves”.
Isto se deve não apenas à política mais agressiva da Ryanair, mas também o fato dela ter sido também vítima dos atrasos da Boeing, causando problemas no planejamento da sua rede. A empresa, como uma das maiores operadoras do 737 no mundo, e tendo apenas este tipo de aeronave em sua frota, tem naturalmente grande interesse em acelerar as entregas do avião.
Caso a United prossiga com o cancelamento do MAX 10, a Boeing já teria um alívio com a Ryanair assumindo os aviões que iriam para a americana, por outro lado teria menos poder de barganha com o seu cliente mais exigente. Também existe um outro movimento caso a United prossiga com este plano, mas vindo da Airbus:
