A IranAir, companhia aérea estatal do Irã, está sob ameaça de banimento dos voos para a Europa em função de possíveis vendas de mísseis para a Rússia, segundo alerta do Grupo dos Sete (G7).
Em declaração na semana passada, um alto funcionário dos EUA, que preferiu não se identificar, informou à Reuters que o bloco, que inclui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, estuda a possibilidade de proibir a IranAir de operar voos para a Europa se o Irã transferir mísseis balísticos de curto alcance para a Rússia.
“Se o Irã prosseguir com o fornecimento de mísseis balísticos à Rússia, a resposta da comunidade internacional será rápida e severa”, afirmou o funcionário à imprensa. A medida do G7 ocorre após a Reuters informar que o Irã estaria enviando centenas de mísseis para serem usados na guerra na Ucrânia.
O IranAir, de propriedade estatal, opera voos para oito destinos na Europa, incluindo Colônia, Frankfurt, Hamburgo, Londres, Milão, Paris CDG, Roma e Viena.
As sanções impostas ao Irã têm impactado a IranAir e outras companhias aéreas do país por anos. Em 2022, o acordo nuclear com o Irã de 2015 (Plano de Ação Conjunto Global – JCPOA), que proporcionaria alívio nas sanções em troca de restrições ao programa nuclear iraniano, incluía a aquisição de aeronaves da Airbus e da ATR – Avions de Transport Régional.
No entanto, a IranAir ainda luta com empréstimos de uma compra anterior de aeronaves que ocorreu sob o JCPOA, devido às sanções em vigor e à depreciação da taxa de câmbio do rial iraniano para o dólar americano.
A IranAir enfrentou uma proibição de voar para a União Europeia entre 2010 e 2016 devido a preocupações com a segurança. A companhia também sofreu uma breve proibição de voos europeus em 2020, mas retomou-os em questão de dias.
