Nesta sexta-feira, 19 de janeiro, se completarão duas semanas do polêmico acidente envolvendo uma porta tampão que se desprendeu do Boeing 737 MAX 9 no voo 1282 da Alaska Airlines. Após o ocorrido, 171 unidades da variante MAX 9 foram retiradas de serviço para uma inspeção adicional.
No entanto, de acordo com os dados fornecidos pela Cirium e pelo site Flightradar24, apurados pelo portal parceiro Aviacionline, uma boa quantidade de jatos 737 MAX 9 ainda está em operação em 6 companhias aéreas: Air Tanzania, Copa Airlines, Corendon Dutch Airlines, FlyDubai, Icelandair e SCAT, totalizando 27 aeronaves em operação.
Essas aeronaves específicas continuam voando porque não estão abrangidas pela Diretiva de Aeronavegabilidade de Emergência emitida pela FAA, pois sua configuração difere daquela que está sendo investigada pelo regulador e que está sendo acompanhada por outras autoridades de aviação em todo o mundo.
Atualmente, existem 3 configurações: uma em que a saída de emergência está desativada, outra em que foi diretamente substituída por um “tampão” com uma janela padrão (como na frota da Alaska Airlines) e outra, utilizada em cabines de maior densidade, com as porta de saída de emergência ativas (presentes em apenas 11 aeronaves).
De acordo com dados da Boeing, um total de 11 companhias aéreas recebeu 217 jatos 737 MAX 9, dos quais 12,4% estão atualmente em serviço comercial.
A Copa Airlines possui o maior número de 737 MAX 9 em operação, voando com 8 de seus 29 aviões do modelo. Os aviões operacionais vão desde as matrículas HP-9901CMP até HP-9908CMP, representando as entregas iniciais da MAX pela companhia entre 2019 e 2021.
Já a SCAT, com sede no Cazaquistão, é a segunda, sendo a única companhia aérea da Ásia Central que opera o modelo, com cinco aeronaves em operação com as matrículas UP-B3726, -B3727, -B3738, -B3739 e -B3740.
Seis jatos 737 MAX 9 estão em operação para duas companhias aéreas europeias, sendo quatro pertencentes à Icelandair (TF-ICA, ICB, -ICC e -ICD) e dois à Corendon Dutch Airlines (PH-CDQ e -CDP).
Na região do Oriente Médio, a única companhia aérea operando o Boeing 737 MAX 9 é a Flydubai, com três aeronaves (A6-FNA, FNB e FNC), agora voando principalmente para a Arábia Saudita, Maldivas e Iraque, quando o destino habitual eram cidades europeias.
A única companhia aérea africana com um único Boeing 737 MAX 9 é a Air Tanzania, com matrícula 5H-TCP, que continua voando normalmente.
Vale mencionar que os três Boeing 737 MAX 9 operados pela Lion Air não são afetados pela Diretiva de Aeronavegabilidade de Emergência, embora a companhia tenha afirmado que, por precaução, deixou em solo essa específica variante (algo compreensível considerando a tragédia do voo 610 da companhia que desencadeou a crise dos 737 MAX 8 em 2018).
Outros operadores que deixaram em solo seus 737 MAX 9 devido à diretriz da FAA são United Airlines (79), Alaska Airlines (65), Aeroméxico (19), Turkish Airlines (5) e Reliance Industries (1 jato VIP do modelo BBJ MAX 9).
