A Seleção Brasileira Feminina embarcou em um Boeing 787-8 fretado da empresa aérea Comlux Aruba rumo à Austrália. A delegação deixou o país saindo do Aeroporto Internacional de Brasília no começo da madrugada com destino à Brisbane, na Austrália, e escala técnica no Taiti. A bordo, o grupo tem 26 atletas e 31 membros da comissão técnica.
Uma curiosidade a respeito da aeronave em que embarcaram as atletas é que ela carrega em si mensagens contra as práticas adotadas pela ditadura iraniana contra mulheres, sobretudo pela obrigação de cobrir a cabeça.
O jato tem frases em inglês com os dizeres “Nenhuma mulher deve ser forçada a cobrir sua cabeça”, “Nenhuma mulher deve ser morta por não cobrir sua cabeça” e “Nenhum homem deve ser enforcado por dizer isso”.
Na cauda da aeronave há, de um lado, a foto da ativista Mahsa Amini, que foi morta após protestar contra o governo ditatorial do Irã. No outro, há a foto do jogador profissional Amir Nasr-Azadani, que foi condenado a morte por defendê-la.
O deslocamento Brasília-Papeete tem previsão de 14h35. Logo, seguirá rumo à Brisbane, este último trecho com estimativa de 8h50 de duração. A delegação desembarca no Aeroporto Internacional de Brisbane às 18:35 (horário local) de terça-feira (04). Em seguida, partirá rumo a Gold Coast de ônibus, onde fará a preparação final para a Copa do Mundo Feminina FIFA 2023.
No embarque, a delegação usou a alfaiataria oficial de apresentação, uma parceria fashion com a Animale. Os looks foram feitos exclusivamente para as Guerreiras do Brasil usarem na chegada à Austrália. Logo antes do embarque, a lateral da Seleção Brasileira Thamires explicou o sentimento de finalmente viajar para o país-sede do Mundial.
“Estamos emocionadas e felizes. É um novo sonho, um novo processo. A gente vai pensar nessa preparação para se adaptar aos horários da Austrália. Já estamos tendo a melhor preparação possível para que a gente estreie bem no dia 24”, afirmou.
