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Sem pilotos de aviões Embraer, Delta recorre a jatos Boeing usados

A companhia americana Delta tem optado por jatos Boeing 737 usados e fora do seu “padrão” para cobrir o espaço deixado pela falta de pilotos de Embraer.

No meio do ano passado, a Delta comprou 29 jatos 737-900ER usados da Lion Air, da Indonésia, que abandonou o modelo após o acidente com o 737 MAX. Era esperado que estes jatos chegassem aos EUA, fossem pintados e tivessem seu interior trocado para ficarem iguais aos outros 737-900 da companhia, mas a falta de pilotos de outro avião impediu isso.

A falta de profissionais da aviação não é novidade nos EUA, e atinge mais forte ainda as companhias aéreas regionais, que são as que pagam um salário menor e têm sido incapazes de despertar o interesse dos jovens. Estas empresas prestam serviço para a Delta sob a marca Delta Express, voando em sua maioria jatos Embraer E170 e E175-E1.

Com a chegada da temporada de feriados, a demanda tem aumentado e a Delta tem assumido algumas rotas da Delta Express com aviões maiores, já que a sua divisão regional não está com pilotos suficiente para cobrir a rota, segundo aponta o Airline Weekly.

O portal obteve a informação através de um e-mail interno da empresa, indicando que ao menos cinco jatos ex-Lion Air farão essa função até o final do ano e o número continuará aumentado ao longo de 2024. Estes 737-900 ainda terão os assentos da empresa da Indonésia, com menos poltronas da executiva e mais na econômica, além de não contarem com Wi-Fi e nem sistema de entretenimento individual acoplado nos bancos.

A preocupação maior é atender as rotas de maior demanda dos feriados, mesmo que seja com aviões fora do padrão da companhia e que tenham um custo operacional maior, seja pelo consumo ou pelo custo laboral superior.

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