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SNA reforça que apoia associações na campanha internacional contra a redução de pilotos em aviões comerciais

Imagem: brokenrecords, via Depositphotos

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa a classe dos tripulantes de voo do Brasil, volta a reforçar nesta semana que integra uma campanha internacional, conduzida por representantes dos pilotos da IFALPA (Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linha Aérea), ALPA (Airline Pilots Association) e da ECA (European Cockpit Association), que tem por objetivo alertar os usuários do transporte aéreo, e a população em geral, sobre os riscos da redução do número de pilotos pilotando os voos comerciais.

Segundo descreve o SNA, nos EUA e na Europa há um movimento entre empresas aéreas e construtores de aeronaves para que, no futuro próximo, os voos passem a ter apenas um piloto na cabine de comando, com a função do segundo piloto sendo exercida por Inteligência Artificial (IA) ou um piloto no solo. Os principais argumentos dessas empresas é de que a redução de pilotos traria economia e isso acarretaria preços menores ao consumidor.

No entanto, de acordo com estudo realizado pela ALPA, em parceria com o Bryce Space and Technology Group, as operações com piloto único resultariam em uma economia de cerca de US$ 8,3 bilhões por ano às companhias aéreas dos EUA em salários, despesas com pessoal e benefícios, e este valor representa apenas 5% dos US$ 168 bilhões em despesas anuais não relacionadas a combustíveis, incorridos por essas empresas.

Outro ponto que vem sendo debatido é a utilização cada vez maior da IA, que poderia – de acordo com os defensores da redução de tripulação – substituir um dos pilotos. No entanto, apesar dos desenvolvimentos em automação e das tecnologias aprimoradas na cabine de comando, dois pilotos nos controles continuam sendo fundamentais para a segurança de voo.

Os pilotos conseguem detectar e eliminar possíveis falhas nos sistemas, preenchendo as lacunas da tecnologia, e se adaptando em tempo real às mais diversas situações de emergência e imprevistos, portanto, por mais sofisticada que seja, a tecnologia não consegue substituir os pilotos numa cabine de comando.

O SNA, que representa os pilotos brasileiros na IFALPA, apoia a campanha das três entidades e se manifesta totalmente contrário à intenção de reduzir a tripulação de voo, o que representa sério risco à segurança operacional. O sindicato alerta para um movimento crescente que vem aumentando, com uma campanha cada vez mais agressiva por parte de empresas aéreas e construtoras, que tem como alvo os órgãos reguladores de todo o mundo, incluindo a ICAO / OACI (Organização Internacional de Aviação Civil).

Informações do SNA

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