A companhia aérea angolana TAAG deu detalhes da sua operação no Brasil e falou por que não vê motivo para voltar ao Rio de Janeiro.
A empresa TAAG, de bandeira de Angola, foi a principal companhia a ligar a capital carioca à África, fazendo tanto voos diretos como triangulares com passagem por São Paulo, hoje único destino da empresa nas Américas. A rota da TAAG para o Rio de Janeiro foi iniciada em 1985, na época voando o lendário quadrijato Boeing 707.
Desde então, a rota foi operada por vários aviões icônicos, como o russo Ilyushin IL-62, o trijato Lockheed L-1011 Tristar e o quadrijato Boeing 747-300M Combi, que é a versão em que passageiros e carga do Jumbo dividem o mesmo deck.
A rota, no entanto, foi suspensa em outubro de 2019, em um momento que a empresa passava por reestruturação e o Galeão já estava numa baixa de voos, com acúmulo de redução de passageiros.
Com a vinda da pandemia, não se falou mais da retomada da rota, que foi operada por 34 anos de maneira ininterrupta. Agora, o CEO da companhia angolana, Eduardo Fairen, disse ao portal parceiro Aviacionline por que a volta para o Rio não faz sentido neste momento.
Comentando sobre os destinos mais procurados pelos passageiros que utilizam o codeshare com a brasileira GOL Linhas Aéreas, Eduardo foi enfático: “Temos números muito preliminares. Eu creio que não estamos muito prontos na relação para dar uma ideia muito clara de qual é o que tem mais preferência, mas tem alguns óbvios, como é o Rio de Janeiro”.
Quando questionado sobre a possibilidade da volta dos voos, sejam diretos ou extensão a partir da rota para São Paulo, o executivo não deu boas previsões:
“Não tem muito sentido voar para um destino que não temos uma massa (demanda) crítica que justifique que façamos uma rota regular. Se chegar um dia que isso ocorra, então iremos considerar. No momento, o nosso objetivo é manter uma rota regular forte tendo São Paulo como ponto de entrada ao Brasil”, afirma o CEO, que conclui dizendo que “no momento nosso objetivo segue sendo São Paulo”.
