
O Talibã tem renovado a frota das companhias aéreas nacionais do Afeganistão com a chegada de jatos usados de países aliados. Desde que o poder no país asiático voltou às mãos do grupo terrorista Talibã, os rumos da aviação no país têm sido definidos pelos extremistas.
Com as sanções impostas pelo ocidente, tanto o Afeganistão como o Irã não podem comprar aviões novos e precisam recorrer a meios escusos com aliados para conseguir manter a frota ativa de suas companhias aéreas.
E agora mais aviões chegaram desta maneira ao país: dois jatos regionais Avro RJ-85 que antes voaram na Airlink da África do Sul aterrissaram no Afeganistão. Os aviões foram aposentados da companhia africana em 2019 e em 2020 foram enviados para Hyderabad, na Índia, onde foram estocados e passaram por preservação.
No entanto, ontem, duas das aeronaves RJ-85 foram vistas voando com novas matrículas do Congo, indo da Índia para o Irã, e logo depois seguindo para o Afeganistão. Segundo o jornalista iraniano no exílio, Babak Taghvaee, os aviões foram enviados para a Ariana Afghan Airlines, mas serão operados pela Mahan Air, do Irã.
Desta mesma maneira, um jato Airbus A310 que a Mahan Air já tinha propriedade há anos, foi repassado no último dia 19 para a Ariana Afghan e em breve um outro avião, do modelo A300, também será enviado para a empresa afegã.
Following to an agreement between #Iran‘s Islamic Regime & #Taliban, the RJ85s purchased by #MahanAir which were transferred from Hyderabad, #India to #Chabahar are now sent to #Afghanistan. pic.twitter.com/qrDLFwynzI
— Babak Taghvaee – The Crisis Watch (@BabakTaghvaee1) December 21, 2023
And soon an A300B4-605R as well
— Babak Taghvaee – The Crisis Watch (@BabakTaghvaee1) December 22, 2023
No início do ano, os jatos A340 que eram da South African Airways acabaram “desaparecendo” e foram encontrados no Irã, em mais uma operação do regime de Teerã para conseguir aeronaves novas.
Meses depois, a operação foi feita novamente, mas para obter os A340 que eram da Presidência da França e que “convenientemente” tiveram voos desviados para o Irã, onde acabaram ficando.