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TAP acumula resultados positivos de 203,5 milhões de euros no ano até aqui

Imagem: João Carlos Medau / CC BY 2.0, via Wikimedia

O terceiro trimestre de 2023 foi marcado por um desempenho financeiro notável na TAP, que registrou um lucro líquido recorde de 180,5 milhões de euros, continuando sua trajetória ascendente no ano. Esse resultado representa um aumento de 69,2 milhões de euros em relação ao mesmo período de 2022 e de 179,4 milhões de euros em comparação com 2019. No ano, são 203,5 milhões de euros de lucro acumulado.

As receitas operacionais também apresentaram uma significativa evolução, alcançando a marca de 3,2 bilhões de euros nos primeiros nove meses de 2023, um acréscimo de 725 milhões de euros (+29,7%) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Esse resultado é fruto de um desempenho sólido nas áreas financeira e comercial da companhia aérea, que apresentou um EBITDA recorrente de 752,4 milhões de euros, com uma margem de 24%, e um EBIT recorrente de 400,7 milhões de euros, com uma margem de 13%.

Uma das grandes conquistas da TAP nesse período foi o reembolso antecipado das Obrigações 2019-2023, no valor de 200 milhões de euros, realizado no final de junho de 2023. Além disso, a empresa também apresentou uma melhoria significativa no índice Dívida Financeira Líquida / EBITDA, que em 30 de setembro de 2023 atingiu o nível de 2,4x, frente a 3,5x registrado no final de 2022.

O CEO da TAP, Luís Rodrigues, ressaltou a importância desses resultados e enfatizou o comprometimento de toda a equipe em estabelecer a companhia aérea como referência no setor. “Os resultados do terceiro trimestre são encorajadores e validam o foco organizacional de proporcionar um bom verão aos nossos passageiros. Estamos avançando para aumentar a robustez das nossas operações e a qualidade do nosso serviço de passageiros, acelerando a recuperação de dois anos difíceis anteriores”, afirmou Rodrigues.

O terceiro trimestre de 2023 também foi marcado por um desempenho sólido nas operações da TAP. O número de passageiros transportados aumentou 5,2% em relação ao mesmo período de 2022 e a companhia operou 5,7% mais voos do que no terceiro trimestre daquele ano.

A capacidade (medida em ASK – assentos disponíveis por quilômetro) também apresentou uma retomada, aumentando 9% em relação ao mesmo período do ano anterior e atingindo 95% dos níveis pré-crise da Covid. O Load Factor, que mede a ocupação das aeronaves, ficou em 84,8%, diminuindo 2,2 pp ano-a-ano, mas ainda assim 1,9 pp acima dos níveis pré-crise.

Além disso, as receitas operacionais tiveram um aumento de 12,5% em relação ao terceiro trimestre de 2022, totalizando 1,25 bilhão de euros. Esse resultado representa 121% das receitas operacionais do terceiro trimestre de 2019, impulsionado principalmente pelo aumento da capacidade e pelos rendimentos mais elevados.

O segmento de passageiros foi o grande destaque no período, apresentando um aumento de 179,4 milhões de euros (+17,9%) em relação ao terceiro trimestre de 2022 e gerando um PRASK (receita por passageiro-km oferecido) de 8,13 cêntimos de euros – uma melhoria de 8,2% (+0,61 cêntimos) em relação ao mesmo período do ano anterior e de 33,3% (+2,03 cêntimos) em relação ao terceiro trimestre de 2019.

Em relação aos custos operacionais, estes aumentaram 1,7% em comparação ao terceiro trimestre de 2022, totalizando 982,2 milhões de euros.

O EBITDA recorrente teve um aumento de 110,7 milhões de euros, totalizando 390,7 milhões de euros, e vem mantendo-se positivo desde o início da crise pandêmica. O EBIT recorrente também apresentou uma sólida evolução, aumentando 123,6 milhões de euros e totalizando 276,3 milhões de euros no terceiro trimestre de 2023.

Em termos de frota, a TAP encerrou o terceiro trimestre de 2023 com 98 aeronaves, sendo que 68% das aeronaves operacionais de médio e longo curso são da Família Airbus neo, um aumento em relação aos 66% registrados no mesmo período de 2022 e aos 33% de 2019.

Ao final do terceiro trimestre, a TAP apresentava uma posição sólida em caixa, com um total de 768,8 milhões de euros. Apesar da diminuição de 147,3 milhões de euros em comparação com o final de 2022, esse resultado segue o padrão sazonal de consumo de caixa da indústria no terceiro trimestre e foi impactado pelo reembolso das Obrigações 2019-2023.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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