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O desespero para reconquistar a confiança do passageiro a voltar aos ares e impulsionar a retomada do setor aéreo, devastado pela pandemia, continua causando muitas controvérsias entre os players do setor.
Além do medo de ser infectado pelo coronavírus, os passageiros que desejam viajar esbarram em políticas de quarentena que praticamente inviabilizam viagens, sejam elas de negócio ou de lazer, fazendo com que a demanda de voos internacionais tenha uma retomada muito lenta devido a tais requisitos.
A saída mais viável até a chegada da tão esperada vacina é a realização de testes pré-voo nos passageiros, buscando assim uma meta de realizar voos seguros contra o vírus, eliminando, a partir dessa iniciativa, a necessidade de quarentena nos países de destino e trazendo de volta a demanda de passageiros para as companhias aéreas.
Mas, apesar de todo o esforço para implementação da obrigatoriedade dos testes em um trabalho conjunto das companhias aéreas, o polêmico CEO da empresa irlandesa low cost Ryanair, Michael O’Leary, declarou que os testes em aeroportos são “uma completa perda de tempo”.
A controversa declaração foi feita durante a conferência virtual World Travel Market, porém, O’Leary não pareceu ser completamente contra os testes. O que ele defende é que os passageiros não sejam testados no aeroporto, mas sim que venham com o teste feito entre 36 e 72 horas antes do voo. Talvez em um esforço de repassar o custo da testagem para o passageiro, e não apenas de economizar tempo no aeroporto.
Segundo o Paddle Your Own Kanoo, existem 2 métodos de testes que já estão sendo usados pelas companhias aéreas. O primeiro é chamado de PCR, realizado entre 36 a 72 horas antes do embarque. Esse teste é considerado ‘padrão ouro’ por sua precisão mas também pelo seu preço, que chega a custar U$150 (cerca de 800 reais). Esse método foi introduzido em Dubai e seguido por Havai e Espanha.
O segundo método de testes é realizado no aeroporto, logo antes do embarque, onde o passageiro é testado se porta o antígeno do vírus. Esse método é barato e rápido, custando cerca de U$5 (cerca de 27 reais). Essa testagem ainda tem uma margem de erro considerável em relação ao PCR, porém, a tecnologia tem melhorado e diminuído a lacuna.
Outro ponto positivo do método do antígeno no próprio aeroporto é o fato do passageiro ser testado em ambiente controlado e, após resultado negativo, apenas circulará por ‘ambientes livres de coronavírus’, enquanto no PCR existe a possibilidade de uma contaminação no tempo entre o exame e a ida para o aeroporto.
A declaração de O’Leary vem em um momento delicado e conturbado entre o governo do Reino Unido e empresas do setor aéreo quanto às restrições de segurança de controle da pandemia no grupo de países. A própria Ryanair, segundo o Flight Global, já havia criticado as medidas de restrições adotadas pelo governo recentemente, através de um dos seus executivos em um podcast. A direção do aeroporto de Heathrow também se posicionou contra as medidas.
O setor aéreo da Europa é o que mais está sendo afetado dentre os grandes centros nessa pandemia, devido ao menor número de voos domésticos quando comparado ao Brasil e aos Estados Unidos e, caso os governantes não cheguem em uma solução rápida e efetiva, o dano pode ser irreversível para muitas empresas.
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