Veja o que diz a nova administradora do Aeroporto de Congonhas sobre ter conquistado o terminal

Imagem: Aena Brasil

Por meio de sua filial Aena Desarrollo Internacional, a espanhola Aena conquistou nesta quinta-feira, 18 de agosto, a concessão do maior bloco da 7ª rodada de aeroportos brasileiros, com 11 equipamentos, localizados em quatro estados (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará), por um período de 30 anos, com a possibilidade de extensão por mais cinco.

Após a vitória, a empresa se pronuncia oficialmente ainda nesta noite de quinta-feira, passando sua visão sobre a conquista e as perspectivas.

Segundo a Aena, o maior deles, o Aeroporto de Congonhas, é o segundo em tráfego de passageiros do Brasil (segundo dados anteriores à pandemia). Está situado no Estado de São Paulo, que possui uma área de 248.219 km², o que corresponde a aproximadamente 50% do território da Espanha, e sua população é de 46,3 milhões de habitantes, similar à da Espanha ou da Argentina, duas vezes a do Chile ou quatro vezes a de Portugal.

A empresa destaca que esses dados de população oferecem uma enorme área de captação de passageiros. Além disso, São Paulo é o maior centro financeiro da América Latina e do Brasil, a maior economia da região e a nona do mundo.

Sobre esta operação de arremate do Bloco SP/MS/PA/MG, que é a mais importante no campo internacional realizada até o momento pela Aena, o presidente da companhia, Maurici Lucena, lembra que “a prioridade da companhia é sempre gerar valor para seus acionistas e colaboradores”, e que “apesar dos duros momentos que atravessamos por causa da Covid-19, estamos convencidos de que a internacionalização da Aena é uma garantia de futuro para a companhia.”

Ele ainda destaca que o tráfego doméstico no Brasil está 100% recuperado após a pandemia e, por isso, conclui: “O potencial do Brasil é indiscutível”.

O bloco de 11 aeroportos registrou em 2019 um total de 26,8 milhões de passageiros, com 12% do tráfego aéreo do país naquele ano. Congonhas tem o maior movimento do grupo, com 22,8 milhões de pessoas.

Os aeroportos concedidos e suas movimentações de passageiros são os seguintes:

– Aeroporto de Congonhas – São Paulo/SP – 22,8 milhões de passageiros;

– Aeroporto de Campo Grande – Campo Grande/MS – 1,5 milhões de passageiros;

– Aeroporto Ten. Cel. Aviador César Bombonato – Uberlândia/MG – 1,15 milhões de passageiros;

– Aeroporto Maestro Wilson Fonseca – Santarém/PA – 480.000 passageiros;

– Aeroporto João Corrêa da Rocha – Marabá/PA – 270.000 passageiros;

– Aeroporto Mário Ribeiro – Montes Claros/MG – 230.000 passageiros;

– Aeroporto Carajás – Parauapebas/PA – 140.000 passageiros;

– Aeroporto de Altamira – Altamira/PA – 100.000 passageiros;

– Aeroporto Mario de Almeida Franco – Uberaba/MG – 80.000 passageiros;

– Aeroporto de Corumbá – Corumbá/MS – 30.000 passageiros;

– Aeroporto Internacional de Ponta Porã – Ponta Porã/MS – (não reportou passageiros em 2019).

Principais valores da operação

O valor da outorga resultante do leilão é de aproximadamente R$ 2,45 bilhões. Com a soma dos compromissos requeridos por todo o período da concessão, o aporte total da operação chega a aproximadamente R$ 4,089 bilhões.

A gestão destes 11 aeroportos gera uma obrigação de pagamento de outorga variável, com prazo de carência de quatro anos, que consiste numa porcentagem sobre a receita bruta, aumentando progressivamente de 3,23% até 16,15% ao ano.

De acordo com o planejamento e os estudos realizados sobre os investimentos necessários, estão previstos aportes de cerca de R$ 5 bilhões de reais (em valores de 2020). Serão realizados 73% dos investimentos na primeira fase de concessão, até 2028.

A concessão é de 30 anos, prorrogáveis por mais cinco, o que mostra a aposta de longo prazo da Aena no Brasil. A assinatura do contrato de concessão está prevista para fevereiro de 2023.  

Sinergias da maior rede de aeroportos do Brasil

A concessão do grupo de 11 aeroportos é a maior operação de desenvolvimento internacional da história da Aena, que, sob a marca Aena Brasil, administra seis aeroportos no Nordeste, desde 2020, e tem presença no Reino Unido, onde possui 51% do aeroporto de Londres-Luton, além de México, Colômbia e Jamaica. A Aena consolida assim sua liderança na gestão aeroportuária mundial.

Agora, a Aena se transforma no administrador da maior rede de aeroportos concessionados do Brasil. A companhia aeroportuária espanhola potencializa o valor do modelo de rede, no qual tem larga experiência na gestão desde hubs internacionais a equipamentos regionais, passando por aeroportos insulares ou dedicados apenas à aviação geral.

Esse modelo de sucesso atrai sinergias em diversas áreas e, portanto, gera eficiências na gestão e na operação. No caso do Brasil, por exemplo, será possível otimizar a fase inicial de operações, e, em tecnologia, poderão ser adaptados para toda a rede os sistemas de gestão aeroportuária.

A Aena Brasil dispõe de uma equipe profissional já consolidada, que superou as devastadoras consequências da crise da Covid-19 e está envolvida em um ambicioso plano de investimento e fortalecimento da conectividade entre as seis infraestruturas do Nordeste.

A Aena tem conhecimento, portanto, das particularidades do mercado brasileiro, tem experiência de gestão no país e é reconhecida pelos seus parceiros locais.

Informações da Assessoria de Imprensa da Aena

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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