Vídeo histórico mostra pouso de emergência gravado em 1958

Uma gravação histórica foi resgatada recentemente e passou a circular em grupos de entusiastas da aviação pelo mundo. Nela, é possível acompanhar uma aterrissagem de emergência ocorrida há mais de 60 anos.

Em 3 de abril de 1959, um voo da companhia aérea Capital Airlines, se aproximava do aeroporto Willow Run, na cidade de Detroit, nos Estados Unidos. Durante a aproximação da aeronave modelo Viscount V.745D, um problema técnico impossibilitou a operação do trem de pouso, que não baixou como deveria.

Após comunicar por rádio o problema a bordo, o Corpo de Bombeiros do Aeroporto providenciou um tapete de espumas na pista principal. A torre de controle suspendeu as demais operações de pouso e decolagem e toda uma equipe de emergência foi acionada. O turboélice de 48 assentos, então, fez dois voos rasantes sobre a pista antes de iniciar uma delicada descida de barriga.

O pouso

A fuselagem traseira tocou o solo e, imediatamente, os motores foram desligados. As hélices, ainda em rotação, entraram em contato com a pista e começaram a amassar. A aeronave deslizou ao longo da espuma e parou gradativamente, ainda na linha central.

Veículos de serviço de emergência rodearam a aeronave em questão de segundos. Felizmente, não houve feridos entre os 19 passageiros e tripulantes a bordo, que pularam para fora pela porta traseira. Os danos mais significativos estavam nos motores Rolls-Royce Dart e na parte inferior da fuselagem.

Apesar do incidente, o Viscount foi reparado, incluindo e os motores e as hélices Rotol. Menos de um ano depois, estava de volta ao serviço.

No vídeo, feito pela equipe de segurança operacional do aeroporto, é possível ver detalhes da preparação da pista pelo corpo de bombeiros, os rasantes preparatórios, o pouso feito com extremo cuidado, o atendido das equipes de socorro e a saída dos passageiros aliviados.

Confira abaixo a rara gravação de um incidente ocorrido há seis décadas.

Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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